O planeta vai estourar
"As palavras vêm do assunto, e não o assunto das palavras". Cardano
Não sei se os amigos e amigas vão concordar comigo. Mas até agora não vi um brasileiro dizer assim: - “Parece que há excesso de gente no planeta, talvez ele não aguente tanto peso”. Do Oiapoque ao Chuí ninguém consegue enxergar o óbvio ululante.
Vou contar duas historietas que talvez consigam ilustrar este drama ainda invisível para a humanidade. São seis bilhões de pessoas, a maioria de chineses e indianos. Ainda bem! Os chineses e indianos costumam ser magros, talvez pela religião que exige a vocação pra faquires. Imaginem se a maioria fosse de americanos ricos, quase todos pesando de 200 quilos pra cima. O planeta já teria afundado no primeiro buraco negro que encontrasse.
Ah! Sim. As historietas. A primeira história foi comigo. Fui ao Rio de Janeiro no mês passado e inadvertidamente entrei numa farmácia. Divisei um vendedor e perguntei alegremente: - “Tem melhoral, amigo!. O cara fechou o semblante e me disse:- o senhor não está vendo a fila?” Realmente, havia uma fila que virava o quarteirão. Nunca tinha visto fila em farmácia. E mais: havia fila para o vendedor, fila para o Caixa e fila para o funcionário que empacotava os pedidos. E, se não me engano, desconfiei de uns fiscais ambulantes (fiscalizadores das filas e das boas burocracias da farmácia). Saí da farmácia, que não era do Governo ( pois haveria até senhas), já sem a minha dor de cabeça. A outra história, que me fascinou, foi fantástica: Um repórter da TV, em uma rua de São Paulo, entrevistava um motorista de carro. Não preciso dizer que era um daqueles dias em que o engarrafamento atingia 600 quilômetros. Quer dizer, o engarrafamento chegava até o Rio de Janeiro. Não, minto, um pouco menos. Chegava até Duque de Caxias, na baixada fluminense.
Agora, amigos e amigas, vem o pior. O motorista, muito nervoso, estava quase desfalecendo de tanto calor. E o repórter chama um expert em aglomerados humanos. Um sociólogo. O sociólogo dá a receita pra enfrentar o engarrafamento. Olha o que ele diz: - “amigo, você tem que se distrair aí no volante. Ouça uma música de Bach, ou então jogue um xadrez. Rezar também é bom, etc. etc.
O que uma pessoa inteligente diria, ele não disse. No mínimo ele diria que o problema não era o nervosismo do motorista, mas sim que teríamos que pensar em diminuir o engarrafamento, diminuir a população e coisas que tais. Não ia dizer, mas vou contar. Neste dia iria almoçar no "La Molle", em Botafogo. Recebo ligação do meu cunhado: - "Gilberto, a fila está grande hoje, mais ou menos 300 pessoas". No que respondi, já bem malandro para os tempos atuais: - "pega as senhas, Marcio, pega as senhas".
No Japão, as pessoas já estão morando em verdadeiros sarcófagos. E a China já aderiu a este “inteligente” recurso. Está faltando pouco para virarmos formigas... O lugar é um tipo estacionamento de carro. Só que no caso é estacionamento de pessoas. O cara aperta um botão na parede e sai uma cama. Ele entra na cama e aperta outro botão para a cama ficar embutida na parede. Não sei se vocês entenderam, mas chegamos a esse ponto.
Sinceramente, jogar xadrez nem pensar. Rezar, talvez. Mas rezar para Deus nos salvar dos entendidos em aglomerações humanas. Eu pediria um tsunami universal que varresse tudo de uma vez. E minha última súplica seria pedir ao bom Deus que não desse a mínima chance para qualquer Mané bolar uma arca salvadora. Noé? Desculpe, quero dizer, não é?
"As palavras vêm do assunto, e não o assunto das palavras". Cardano
Não sei se os amigos e amigas vão concordar comigo. Mas até agora não vi um brasileiro dizer assim: - “Parece que há excesso de gente no planeta, talvez ele não aguente tanto peso”. Do Oiapoque ao Chuí ninguém consegue enxergar o óbvio ululante.
Vou contar duas historietas que talvez consigam ilustrar este drama ainda invisível para a humanidade. São seis bilhões de pessoas, a maioria de chineses e indianos. Ainda bem! Os chineses e indianos costumam ser magros, talvez pela religião que exige a vocação pra faquires. Imaginem se a maioria fosse de americanos ricos, quase todos pesando de 200 quilos pra cima. O planeta já teria afundado no primeiro buraco negro que encontrasse.
Ah! Sim. As historietas. A primeira história foi comigo. Fui ao Rio de Janeiro no mês passado e inadvertidamente entrei numa farmácia. Divisei um vendedor e perguntei alegremente: - “Tem melhoral, amigo!. O cara fechou o semblante e me disse:- o senhor não está vendo a fila?” Realmente, havia uma fila que virava o quarteirão. Nunca tinha visto fila em farmácia. E mais: havia fila para o vendedor, fila para o Caixa e fila para o funcionário que empacotava os pedidos. E, se não me engano, desconfiei de uns fiscais ambulantes (fiscalizadores das filas e das boas burocracias da farmácia). Saí da farmácia, que não era do Governo ( pois haveria até senhas), já sem a minha dor de cabeça. A outra história, que me fascinou, foi fantástica: Um repórter da TV, em uma rua de São Paulo, entrevistava um motorista de carro. Não preciso dizer que era um daqueles dias em que o engarrafamento atingia 600 quilômetros. Quer dizer, o engarrafamento chegava até o Rio de Janeiro. Não, minto, um pouco menos. Chegava até Duque de Caxias, na baixada fluminense.
Agora, amigos e amigas, vem o pior. O motorista, muito nervoso, estava quase desfalecendo de tanto calor. E o repórter chama um expert em aglomerados humanos. Um sociólogo. O sociólogo dá a receita pra enfrentar o engarrafamento. Olha o que ele diz: - “amigo, você tem que se distrair aí no volante. Ouça uma música de Bach, ou então jogue um xadrez. Rezar também é bom, etc. etc.
O que uma pessoa inteligente diria, ele não disse. No mínimo ele diria que o problema não era o nervosismo do motorista, mas sim que teríamos que pensar em diminuir o engarrafamento, diminuir a população e coisas que tais. Não ia dizer, mas vou contar. Neste dia iria almoçar no "La Molle", em Botafogo. Recebo ligação do meu cunhado: - "Gilberto, a fila está grande hoje, mais ou menos 300 pessoas". No que respondi, já bem malandro para os tempos atuais: - "pega as senhas, Marcio, pega as senhas".
No Japão, as pessoas já estão morando em verdadeiros sarcófagos. E a China já aderiu a este “inteligente” recurso. Está faltando pouco para virarmos formigas... O lugar é um tipo estacionamento de carro. Só que no caso é estacionamento de pessoas. O cara aperta um botão na parede e sai uma cama. Ele entra na cama e aperta outro botão para a cama ficar embutida na parede. Não sei se vocês entenderam, mas chegamos a esse ponto.
Sinceramente, jogar xadrez nem pensar. Rezar, talvez. Mas rezar para Deus nos salvar dos entendidos em aglomerações humanas. Eu pediria um tsunami universal que varresse tudo de uma vez. E minha última súplica seria pedir ao bom Deus que não desse a mínima chance para qualquer Mané bolar uma arca salvadora. Noé? Desculpe, quero dizer, não é?