Qual é o seu nome?
Sigo uma tradição logo após o almoço: tomo um cafezinho.
E como eu trabalho bem próximo a um shopping, escolho desfrutar do meu espresso em um lugar bem aconchegante, no Starbucks.
Eu tenho o hábito de tomar café quase sempre na mesma hora e quase sempre no mesmo lugar. Coincidentemente, quem me atende, adivinha. É quase sempre a mesma funcionária.
E caso você não saiba, o funcionário do Starbucks tem o costume de perguntar o nome dos seus clientes após o pedido. O nome então é escrito no copo onde será servida a bebida.
Pois bem. “Qual é o seu nome?” pergunta a paciente funcionária.
“Leandro”, respondo prontamente.
No outro dia, não é muito diferente:
- Um espresso, por favor?
- Qual é o seu nome?
- Leandro.
Pedido entregue. Pronto.
Um dia, só de zueira, eu disse para esta atendente que me chamava Maxwell.
A risada estava quase escapando do canto da boca, mas ela não me disse absolutamente nada. Ela olhou bem pra mim (como todos os dias), anotou o meu nome, entregou o pedido e pronto.
Gostei da brincadeira. De lá pra cá, cada dia eu digo um nome para ela. Já disse que me chamava Muhammad, Felisberto, Caio Pinto (desculpe o trocadilho), Bráulio, Madruga e, nesta última, disse que meu nome era Schwarzenegger, só para sacanear.
Mas ela é uma profissional. Ela anota a cada um dos meus nomes sem questionar, apesar de saber – desconfio eu - do meu verdadeiro nome.
Agora, todas as vezes que vou pedir o meu sagrado cafezinho após o almoço, penso: “qual será o meu nome de hoje?”
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