OS ATRAVESSADORES DE BÊBADOS
Um dos livros já prontos em fase de correção que escrevi trata do famigerado “jeitinho brasileiro” essa coisa asquerosa que nós, os brasileiros, inventamos para corromper, levar vantagem e lesar os outros nem que esse outro seja o Estado. Qualifico-me dentre esses porque embora não use mais desse subterfúgio não posso negar que nunca fiz. Errar é humano, mas permanecer nesse erro desgraçado é mais que burrice. Ouvindo uma rádio pela internet descobri a nova engenharia desse povo de uma criação incrível, que consegue tirar leite de pedra se preciso for para levar uma vantagem e, claro, desde que saia uma grana, trata-se dos “barqueiros”. No Brasil aproximadamente 40.000 pessoas morrem por acidente de trânsito, em primeiro lugar está o excesso de velocidade, em segundo dirigir alcoolizado, drogado, porque quem está bêbado perde tudo, inclusive a direção e noção de velocidade. E o que tem o “barqueiro” com isso?
Trata-se do seguinte, as operações policiais visando prender os alcoólatras que teimam em não procurar os alcoólicos anônimos e infringe todos os fins de semana o código de trânsito, não se importando se ele vai atropelar alguém, matar, ou destruir os bens alheios, o que importa é ele tomar suas “cervejinhas” e o resto, desculpa o termo, que se lasque. O mais importante é ele ficar grogue, falar todas as besteiras, vomitar, no outro dia passar o dia todo em convalescença, nada disso importa, com um detalhe, se ele não se envolver num desses acidentes escabrosos ceifando a vida de um inocente. Pois bem, ao se aproximar da barreira policial, o alcoólatra começa a passar mal, quer parar o carro no meio da rua, repentinamente ele fica bom, pensa nos pontos na carteira, no valor da multa etc. aí que chega a figura do “barqueiro”, um desocupado que se propõe “atravessar” o veículo do alcoólatra, eles montam até uma barraca a espera.
Pelos serviços prestados, o famigerado “barqueiro” cobra o valor de cinqüenta reais para conduzir o veículo até passar pelos policiais e depois entrega o volante ao alcoolizado condutor. Se para frente o condutor que certamente está alcoolizado matar alguém, destruir a vida alheia o problema é dele e, coitado, de quem cruzar o seu caminho. Isso é um absurdo, não sei quem é o pior nessa história, se o proprietário bêbado ou o tal barqueiro que além de se aproveitar da sua embriaguês entrega a direção a pessoa drogada, sim porque álcool é droga lícita. Mas voltando ao fato do “jeitinho” que sempre se dá para arrumar uma solução, já corre nos corredores do Congresso que se precisa mexer na lei, acrescentar esse personagem, que se flagrado deverá também perder a carteira, pagar a multa e de preferência que fique preso. Continuo dizendo que no Brasil somente duas enchentes para resolver.
Um dos livros já prontos em fase de correção que escrevi trata do famigerado “jeitinho brasileiro” essa coisa asquerosa que nós, os brasileiros, inventamos para corromper, levar vantagem e lesar os outros nem que esse outro seja o Estado. Qualifico-me dentre esses porque embora não use mais desse subterfúgio não posso negar que nunca fiz. Errar é humano, mas permanecer nesse erro desgraçado é mais que burrice. Ouvindo uma rádio pela internet descobri a nova engenharia desse povo de uma criação incrível, que consegue tirar leite de pedra se preciso for para levar uma vantagem e, claro, desde que saia uma grana, trata-se dos “barqueiros”. No Brasil aproximadamente 40.000 pessoas morrem por acidente de trânsito, em primeiro lugar está o excesso de velocidade, em segundo dirigir alcoolizado, drogado, porque quem está bêbado perde tudo, inclusive a direção e noção de velocidade. E o que tem o “barqueiro” com isso?
Trata-se do seguinte, as operações policiais visando prender os alcoólatras que teimam em não procurar os alcoólicos anônimos e infringe todos os fins de semana o código de trânsito, não se importando se ele vai atropelar alguém, matar, ou destruir os bens alheios, o que importa é ele tomar suas “cervejinhas” e o resto, desculpa o termo, que se lasque. O mais importante é ele ficar grogue, falar todas as besteiras, vomitar, no outro dia passar o dia todo em convalescença, nada disso importa, com um detalhe, se ele não se envolver num desses acidentes escabrosos ceifando a vida de um inocente. Pois bem, ao se aproximar da barreira policial, o alcoólatra começa a passar mal, quer parar o carro no meio da rua, repentinamente ele fica bom, pensa nos pontos na carteira, no valor da multa etc. aí que chega a figura do “barqueiro”, um desocupado que se propõe “atravessar” o veículo do alcoólatra, eles montam até uma barraca a espera.
Pelos serviços prestados, o famigerado “barqueiro” cobra o valor de cinqüenta reais para conduzir o veículo até passar pelos policiais e depois entrega o volante ao alcoolizado condutor. Se para frente o condutor que certamente está alcoolizado matar alguém, destruir a vida alheia o problema é dele e, coitado, de quem cruzar o seu caminho. Isso é um absurdo, não sei quem é o pior nessa história, se o proprietário bêbado ou o tal barqueiro que além de se aproveitar da sua embriaguês entrega a direção a pessoa drogada, sim porque álcool é droga lícita. Mas voltando ao fato do “jeitinho” que sempre se dá para arrumar uma solução, já corre nos corredores do Congresso que se precisa mexer na lei, acrescentar esse personagem, que se flagrado deverá também perder a carteira, pagar a multa e de preferência que fique preso. Continuo dizendo que no Brasil somente duas enchentes para resolver.