Uma preciosa oferenda

Meu neto, de três anos, passa por um cipreste, que foi plantado na entrada do jardim, na casa de praia, e colhe um minúsculo galhinho da árvore.

- Vovó, isto é para ti.

E assim dizendo, coloca na minha mão o quase invisível raminho de cipreste. Agradeço efusivamente e ele, solene, completa:

- Vovó, é só para ti. Não é para o papai, não é para a mamãe, não é para o titio... Guarda bem.

Acomodo o raminho em um vaso com flores secas. Ao meu lado, meu neto observa com atenção.

- Olha, está aqui. Muito obrigada.

Ele repete:

- Vovó, isto é só para ti. Guarda bem.