PAIXÕES SÃO COMO FLORES - Cedo ou tarde murcham...(04/2004)
Eis a grande diferença entre o amor e a paixão. As flores ainda presas à terra não morrem, apenas se renovam, quando cuidadas.
Suas pétalas vão secar, mas outras virão, demonstrando a sabedoria do seu incansável ciclo renovador. As flores que colhemos sempre murcham, para não mais renascerem. No início são belas e de cores vívidas, mas por pouco tempo.
Assim são as paixões - flores cheias de vida no início, mas em um curto espaço de tempo deixam de existir. O amor, ao contrário, se renova a cada dia, deixando-se nutrir pela convivência, sendo regado principalmente por pequenas atitudes.
Como saber se o que estamos sentindo é paixão ou amor? Simples! Basta observar. Se com o tempo as cores, a beleza desaparecerem e nada mais restar, a não ser a decepção de ver algo morrer sem que nada possamos fazer, estaremos diante de mais uma paixão - ou talvez nem isso, quase sempre nem isso.
Apenas com o tempo saberemos, porque, no início, sempre existe a esperança de que aquele sentimento não acabe. É assim quando conhecemos alguém especial. Ou que pelo menos parece ser especial. Sempre parece ser diferente das outras vezes, porém, dentro de pouco tempo percebemos que eram apenas expectativas, o especial revela-se comum. E é assim que as flores murcham.
Mas ao lembrar que existem outras flores - aquelas, que em vez de morrer se renovam, voltamos a pensar que um dia poderá ser diferente. Esse é o ciclo.