O sol brilha para todos, mas á sombra!

Manhã de sol temperatura alta pelo horário, sento num banco do jardim e fico observando os movimentos dos pássaros, e seus cânticos entre os enormes arbustos todos floridos parece ser ipês, ali deixei os meus pensamentos fluírem, fui despertado por um jovem que aparentava ter entre dezoito á vinte anos, conversando do outro lado da rua com uma velhinha, mas este gesticulava muito por isso chamou minha atenção, bom até ai tudo bem, mas passado algum tempo á senhora se foi, o mancebo com as mãos entre á cabeça baixa ali permaneceu, curioso cheguei perto como se fosse por acaso, com o banco ao lado vazio peguei ler o jornal que carregava, mas na verdade somente fingia, fui surpreendido quando ele disse: “esta vida nos prega cada peça”, olhei com certo espanto perguntei que tinha acontecido, sem titubear me falou: “Não tenho casa e nem família de agora em diante sou morador de rua”.