SURREALIDADES
Direto do ringue do orçamento doméstico: os preços, pesados, insistem em derrubar os salários. Luta desleal essa, afinal os oponentes, na grande maioria, são médio, leve ou pena!
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Às vésperas da copa do mundo de futebol, os preços majorados em 3, 4, 5 vezes parecem evocar o tri, o tetra e o penta campeonatos mundiais brasileiros, às avessas, lógico, pois desses saímos vitoriosos!
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Li ontem que no interior de São Paulo “uma caneta esferográfica que custava R$ 1,00 em um local foi encontrada por R$ 6,50 em outro”, ou seja, iniciaram-se as comemorações pela conquista do hexa!
Ponta pé inicial, volta às aulas!
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Rio 40 graus. Vivíssimo de sede, um menino de seis anos, choramingando, pede um copinho de água ao pai no calçadão antes de voltarem da praia para a casa no subúrbio.
_ Compra, tô com sede, com muuuuita sede!
Toda a água comprada de véspera no supermercado já tinha acabado e o dinheiro excedente da passagem tinha sido gasto num prometido e refrescante picolé
Paciente o pai engambela o garoto até o ponto de ônibus:
_ Tamos chegando, filho.
No circular, antes do cochilo, conta-lhe uma história, depois no trem, mais outra, sempre repetindo carinhosamente o “tamos chegando, filho”. Pouco antes do fim de tarde, enfim, o oásis.
Se o pai naquele momento ouvisse alguém dizer:_ Que frescura! Água não é artigo de primeira necessidade! _sem pestanejar, ele diria:_Porque não é seu filho...
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Aproveitando o mote surrealista tremulando nas redes sociais, com o rosto do pintor Salvador Dali nas cédulas de real, cantarolo uma antiga marchinha de carnaval, composta por Homero Ferreira em parceria com seus irmãos Glauco e Ivan, grande sucesso do carnaval de 1960 e hoje, um clássico: "Ei, você aí, me dá um Surreal aí, me dá um Surreal aí.”
Na real, só mesmo com cédulas de Surreal!