NO TEMPO DAS COLUNAS SOCIAIS DE ALGUNS JORNAIS.
 
Posso dizer “de cátedra” que graças à evolução social e a modernidade o jornalismo de “colunas sociais” das décadas passadas do século XX, já o próprio tempo puxou a descarga da privada e é passado.Ainda bem.Tudo isso acabou.
Assim mesmo, ainda ao que ouço dizer  há várias revistas do gênero e entre elas a chamada “Caras” de uma editora qualquer,por aí e ainda resiste...Essa revista jamais deixará de circular,enquanto mundo é mundo.Sinceramente não sei qual é a empresa que edita essa e outras publicações mundanas e sem vergonhas. O público alvo é diversificado e não vou perder tempo em classificá-lo.
É que a curiosidade humana para saber da vida alheia e em especial de “gente importante” ou “rica” ou “artistas de rádio e tv”- ainda resistem graças a essa bisbilhotice idiota e sem vergonha de muita gente subdesenvolvida para saber coisas de “gente famosa”... ou como quiserem: “pessoas públicas”....como dizem.
Sobre tal fato,recente,veio à discussão o problema da divulgação de biografias de “famosos”... se há conflito constitucional ou não a publicação da vida de um individuo tido como “público”, na contra-mão de outra norma também constitucional da chamada “privacidade”. Sinceramente,não perco tempo com essas discussões...nem com os biógrafos nem com os biografados.Acho,sem ofender,que tudo aí é perda de tempo.
Isso na verdade faz parte da natureza humana...A “santa”(?) curiosidade...o “voyeurismo”.Temos que aqüentar isso,como indo em consultório médico ou coisa parecida,onde se deve esperar, há sempre revistas desse gênero,que pessoalmente,não abro não tomo conhecimento e vou além me irrita...só de saber que isso existe. Para mim é lixo. Ultimamente esses lixos encontram-se em salão de beleza,barbearias que hoje chamam de cabeleireiros... (Sem comentários).
Outra coisa que a vida moderna me deixa fora de órbita e indignado é  num  consultório médico ou de dentista,ou seja lá,no elevador ou em lugar confinado, um celular toca chamando alguém...Acho que seria mesmo a minha idade...Podem me chamar de velho e velhaco.Até porque esse aparelhinho que inventaram,em fins do século XX- embora,às vezes,reconhecidamente útil, às vezes é o supra sumo do chamado “chute no escroto”,para quem nada quer ouvir...de quem está quieto ao lado ou coisa parecida. Chamo esse aparelhinho de “coleira”....em especial para aqueles que na rua recebem ordens ou da mulher ou do patrão. “Vade retrum” satanás. Os jovens aderiram massiçamente,junto com a população,engordando essas prestadoras “caça níqueis” da modernidade. Há dois celulares para cada habitante no País...até índios aderiram a essa parafernália...É o fim do mundo!! Um País continental merece isso... Para mim,isso é invasão da minha santa tranqüilidade e da superlativa intimidade e bem estar da alma--se é que ela existe mesmo. Não tenho compromisso com ninguém,hoje. Acho que o meu celular está na mão de alguém que não conheço!!!
Estou quase fora do mundo atual...É o prazo de validade.Ainda o pior,quando um idiota,geralmente jovem e sem alguma educação- transformou seu veículo em boate a céu aberto,com músicas insuportáveis e cujo inglês o “infeliz” nunca entende direito. Ou o cantor é desses que tem audiência em espetáculos de rodeio de animais-“in casu”,eqüinos ou bovinos. São quando os animais se encontram,certamente. Mas cá entre nós,nem todos os animais,pois minha cachorra Teka- embora,às vezes late,sem razão – ainda assim,não ouve rádios ou CDs em volume insuportável.Ao que parece,não estou só,pois,há lei proibindo esse “espetáculo” gratuito,a céu aberto.
Voltando- o que queria falar é sobre o desaparecimento das colunas sociais...que na época que estava na FOLHA DE S.PAULO, existia um cronista-jornalista desse ramo, José Tavares de Miranda,ao que pela lógica nos leva não está mais entre os vivos,mas mesmo em vida, cortaram bastante as bobagens que ele escrevia, um verdadeiro puxa-saco de uma elite sem vergonha e endinheirada que ele afagava e deixava os jornalistas jornalistas mesmo, com o escroto na Lua.Não era bem inveja...simplesmente indignação,de ser tão subserviente a uma categoria de gente ensebada e sem escrúpulos,que queria “aparecer” só para “aparecer”. No final do ano,então,era um escândalo os caminhões de presentes que esse jornalista recebia,aos olhos indiferentes do diretor-presidente do jornal, o O. Frias, também conhecido –intimamente,por nós- como “tio patinhas”,pois onde ele punha a mão saia dinheiro.Assim foi com a antiga rodoviária de Sampa- na mão de particular.(imaginem). E,também, uma granja de aves,para não dizer pintos,pois,certamente,seria mal interpretado.Vamos falar pintinhos... Lembrando que quando dei o “furo” - onde Marighella seria enterrado,no cemitério da Vila Formosa –um dos mais notáveis terroristas  deste País - e não se divulgava onde (Segredo de Estado,pois,havia o boato de que seria o defunto “seqüestrado” por simpatizantes e levado a Cuba-sic), pacientemente consegui o “furo” jornalístico para a empresa,junto com o amigo fotógrafo(não guardo mais alguns nomes) e o “tio patinhas” deu como prêmio de consolação a mim e ao fotógrafo uma merreca de dinheiro,cujo valor nem me lembro.Confesso que dava para pagar um taxi para ir para casa e voltar ao jornal no dia seguinte.E,por outro, vendeu a matéria do enterro e defunto do ex-terrorista ao JORNAL DO BRASIL,do Rio de Janeiro,por uma fortuna... Não era um “tio patinhas”??
Por outro,quanto a Tavares de Miranda,com o “golpe” ou “revolução” de 64 (depende de cada um essa adaptação nominal/histórica), virou sua pena,digo máquina de escrever,pois,não havia ainda computador e procurou assunto jornalístico/socialite para o fenômeno militar que ocorria,intitulando-se “corneteiro José” e queria,porque queria “puxar o saco” dos militares. Como os militares não gostam tradicionalmente de “puxa-saco”, “dedo duro” ,nem de “gay” deram logo um “chega para lá” ao jornalista “corneteiro”.
Saí da FOLHA DE S.PAULO (ninho de uma esquerda fanática, desgraçada e cruel,liderada por psicopata-diretor de redação-paradoxalmente) e, nunca mais também ouvi falar em Tavares de Miranda, nem mesmo ouvi algum “toque de corneta”. Cá entre nós,os militares estavam certo.   As Forças Armadas dispensam colunas sociais...até hoje!!! Holofotes,também. Será que essa comissão da verdade pretende desenterrar o “Corneteiro José”-também,nesse espírito conspiratório...Saudade de Dias Gomes,onde enaltece  o Odorico Paraguaçu!!! Bons tempos.