DE CIMA OLHEI A RAMPA.
De cima olhei a rampa já vencida, idealizei o quanto foi caro este intervalo, mas não outorga-me a pleitear nem um repouso, pois a vida é um novelo sem desfecho, tem linha infinda para enquanto respirarmos, e ao seu fim desocupamos este trecho!.
Tens erros como todos os mortais, então conceda-te a oportunidade de sepultar o que passou, e dar inicio a um novo tempo, porque é o agora que nos faz respirar, e seremos tanto mais viçosos, quanto mais libertos formos das nossas retrancas.
Teu hábito esconde a vergonha, camufla a libidinagem, mas não cura a vadiagem, que permanece em teu ser, nesta tua forma de viver, o sofrimento é dobrado, pois queres ser santificada, sem promover uma mudança na tua alma safada, que vem lá desde de criança.
Me acolha antes que eu me desfaça, numa queda que destrói o ser por dentro, de tal forma que me faça um elemento, incapaz de amar à alguém pra dar-lhe afetos, e me faça mais um homem indigesto, habitando este mundo sem perfume, onde o maldito conselheiro dos ciúmes,tem vencido as apostas do amor, e transforma toda relação em dores, como é burro, este homem "ser jumento".
Alem de não ter respostas para as tantas indagações pendentes, ainda me surgem novas perguntas a todo momento, quando será que vou quebrar esta blindagem da vida?.
LUSO POEMAS,22/01/14