NOCIVA ADOÇÃO (BVIW) - Mini crônica
Não sei se ele chegou a me perguntar se eu o queria. As lembranças se perdem, difusas, na voragem do tempo, envolvidas por uma névoa de fumaça e eu tateio em busca dele premida pela necessidade. A mim parece que foi a eons de tempo e já não distingo se foi ele que me escolheu ou se eu, quando tive escolha, não o repeli. Porque é certo que, num determinado momento inicial, eu tive escolha. Mas, aos poucos, o que era para ser uma simples brincadeira de adolescente se transformou em algo sério e eu diria, hoje, quase definitivo. Devagarinho, sem eu sentir, ele foi me envolvendo sutilmente, foi se tornando o companheiro diário, tanto da minha solidão, como em meio à multidão. Hoje, eu já não teria escolha caso ele quisesse me adotar. Pois, por mais que eu tente, minha resistência é fraca perante a força nociva e viciante que ele tem. Ele já me adotou! Maldito cigarro!
(foto Google)
Não sei se ele chegou a me perguntar se eu o queria. As lembranças se perdem, difusas, na voragem do tempo, envolvidas por uma névoa de fumaça e eu tateio em busca dele premida pela necessidade. A mim parece que foi a eons de tempo e já não distingo se foi ele que me escolheu ou se eu, quando tive escolha, não o repeli. Porque é certo que, num determinado momento inicial, eu tive escolha. Mas, aos poucos, o que era para ser uma simples brincadeira de adolescente se transformou em algo sério e eu diria, hoje, quase definitivo. Devagarinho, sem eu sentir, ele foi me envolvendo sutilmente, foi se tornando o companheiro diário, tanto da minha solidão, como em meio à multidão. Hoje, eu já não teria escolha caso ele quisesse me adotar. Pois, por mais que eu tente, minha resistência é fraca perante a força nociva e viciante que ele tem. Ele já me adotou! Maldito cigarro!
(foto Google)