QUANDO REPICAREM OS SINOS
QUANDO REPICAREM OS SINOS
Tudo se transforma tão rapidamente.
Os povoados, vilas, lugarejos num piscar de olhos se vão tornando grandes Metrópoles.
E o vai e vem constante, é a pressa, é o medo, é a insatisfação é o bulício constante e ameaçador das grandes cidades.
O avanço tecnológico, as grandes descobertas, a ciência evoluindo rapidamente.
O homem materializando-se, quase na iminência de virarem verdadeiros robôs, mas faltando-lhes a alma que anseia por momentos de ternura, de paz e do aconchego que tanto o dignificava e que, agora nem sabe se ainda a possui.
E é nesse torvelinho de sons, de movimento, de angústia que não se escutam mais o repicar dos sinos, quando um evento era anunciado.
Nossa percepção sonora foi obstruída.
Nem o canto dos pássaros que anunciava a chegada do amanhecer é mais ouvido.
Ouve-se sim o som estridente e ensurdecedor da buzina dos carros, e a sirene do carro de bombeiros, alertando e pedindo passagem.
Até as ambulâncias no corre corre para salvar vidas, pede passagem e contribuem, igualmente para a poluição sonora.
E o repicar dos sinos, foram esquecidos ou não poderão mais ser ouvidos?
Sua Santidade o Papa, nos visitará brevemente.
Em Aparecida do Norte todos os sinos irão saudar a chegada do Sumo Pontífice, e nossos ouvidos poderão ficar atentos, pois quando repicarem os sinos, quando todos nós, imbuídos na mesma fé cristã estivermos irmanados, poderemos sim ouvir as sonoras badaladas anunciando a Hora do Ângelus.
Curitiba, 26/4/2007.
Dinah Lunardelli Salomon