IMPRESSÕES
Pediram-me que escrevesse alguma coisa falando a respeito da possível influência que os contos de Lygia Fagundes Telles tiveram sobre mim.
Lamento dizer, sou franca, mas não notei qualquer diferença. Minha vida continuou a mesma, na mesma rotina tediosa de todos os dias (só quebrada pelas minhas aulas de dança de salão). Sequer, rejuveneceu-me. O que seria uma boa pedida, já que no próximo dia 30 tenho que comparecer ao aniversário de meu neto, e exibir esta cara amarfanhada e amassada não me traz motivos de alegrias.
Mas para não dizerem que não me esforçei, mostro umas poucas linhas escritas após ler o conto "Verde Lagarto Amarelo", cujo título dá larga margem à imaginação.
Chegou sem aviso, de improviso
procurando por mim
Encontrou-me no mesmo lugar de sempre
Moro sozinho, ele bem o sabe
Por que, então, perguntar?
E traz-me agrados
Sempre traz
Traz, também, lembranças que não quero
Me humilham, me incomodam
Ele o filho lindo, limpo, bem amado
Eu o gordo, sempre sujo, bem suado
Não. Não quero lembrar.
Que fiquem as lembranças lá, onde estão:
nos sonhos, lugar certo para elas
26/04/2007
(Exercício para a aula de
Criação Literária)