Pousando em estranhas pistas
 
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Estão falando bastante do avião da Southwest que desceu no aeroporto errado há uns dias atrás.  O engano foi de onze quilômetros, o que não é muito, se considerarmos este vasto mundo de Deus e a imensidão do firmamento. Mas ninguém perdoa essas coisas, estão em cima do coitado do piloto. Será que, como num caso anterior, ele estava atualizando seu perfil no Facebook? Eu prefiro colocar a culpa nos computadores. São metidos, sabem de tudo, e acharam que a nova opção seria melhor. De qualquer jeito, isso é coisa séria, vai sobrar para o coitado.
E isso me faz lembrar de outras coisas. A todo momento há gente aterrizando no lugar em que não devia. Administradores que descem, convenientemente, onde é melhor para eles. Líderes que acabam levando seus “aparelhos” para pistas que não são as nossas pistas, as pistas do povo.  Figuras religiosas que nos convencem  a orientarmos nosso “pouso” para enganosas terras. O próprio destino, muitas vezes, acaba nos levando a alheios campos.
 
Tenham um pouco de paciência com o pobre do comandante. Afinal de contas, todos nós, em algum ponto, acabamos errando o destino. Faz parte de “ser” humano. O importante é ligar os motores, acelerar e levantar voo, de novo. E, depois, ir atravessando as nuvens em busca do objetivo correto. E mais importante ainda é, que, quando estivermos descendo e percebermos o erro, não fiquemos desesperados. Podemos, por causa da turbulência mental, destruir nossas aeronaves num pouso brusco e morrermos em inesperadas pistas, de inesperados aeroportos...