XEQUE MATE!
O Xadrez tem a fama de ser um jogo de pessoas inteligentes. Aprendi a discordar desta tese quando iniciei uma partida depois de muito tempo sem jogar. Qualquer pessoa pode manusear as peças e facilmente levar o “Xeque Mate”.
O maior prêmio que consegui foi o sabor da derrota para um adversário que eu tratava com ironia. O Ditado “Quem muito fala, nada faz” não se aplica a mim, pois consegui fazer o nada valer muito a pena. E fazer o Nada num jogo de Xadrez com um oponente ciente e seguro de suas jogadas é algo muito difícil de conseguir.
O Sabor da Derrota é algo que deve ser apreciado sem modéstia com muito fundamento. Quem ganha sabe de sua capacidade e muito mais do que isso tem o poder de qualificar em escala o seu oponente. Este poder de elevar uma pessoa ou uma partida a um determinado patamar é algo que eu particularmente aprendi a aceitar com tranquilidade.
Se o ganhador pode movimentar seus músculos da face num expressivo sorriso de vitória, cabe ao derrotado fazer uma analise do jogo e pontuar o que foi proveitoso. E o melhor disso é ter a certeza da derrota e jogar contra o tempo, a fim de praticar a persistência. O Limite sempre pode ser superado e é nesta questão que o Xadrez tem graça.
Existe uma premissa que diz que a experiência é a alma do negócio e outra de que não importa a derrota e sim a participação. Uma pessoa na minha situação de foge das duas ideias, pelo simples fato de que a experiência não apaga o sabor da derrota.
Peões desajustados, Rainha Louca, Rei acomodado, Bispos desacreditados, Torres tortas, e Cavalos não adestrados. Se junta tudo isso a um Jogador canastrão e se tem uma deliciosa derrota com sabor de caos. Tudo isto é o que posso ser na guerra e não é tão ruim assim.
O Insano homem para emitir luzes de si, tem que levar um Xeque Mate ou Três.