Além das Fronteiras
____ Você já teve esse tipo de temperatura alta Ana, já alguma vez sentiu-se estar pegando fogo de verdade com a sensação de que seus ossos iriam se partir ao meio? _______ Perguntou-me Rafael muito admirado também.
_____ Ana só estou querendo te ajudar _____Disse Laura percebendo que eu tinha me encolhido nos braços de Adriam que parecia estar analisando aquela conversa mais do que o habitual a qual fazia mais se ele tinha visto por que sabia que Laura podia desvendar minhas qualidades como ele dizia de humana então o quê ele temia.
Fiquei ainda mais apavorada quando Lizandro começou a protestar junto com Jessica que juntava agora sua raiva por tê-la enfrentado-a daquele jeito.
Lizandro por certo estava sendo bloqueado por David pois estava tentando ler a mente de Laura pra poder se antecipar ao seu julgamento ou se aproveitar daquela situação agora entendia o por que de Adriam falar daquela maneira dele e de Rafael dependendo da revelação que saísse da boca de Laura poderia estar mais encrencada do que nunca.
Mais não era só o fato da transformação que me desagradava mais o fato que eu tinha certeza que o que Laura tinha descoberto se ligava a um passado que queria esquecer e que nós últimos dias estava estava sendo insistente em minha mente e uma pergunta que fazia pra mim mesma durante todos esses anos desde o dia que descobri por que meu pai e minha mãe me tratavam daquele jeito e o motivo real da raiva,do ódio que via estampado no seu rosto toda vez que ele me olhava quando eu era pequena não entendia por que minha irmã era pega no colo, por que meu irmão recebia abraços por que eles se orgulhavam de ir as festinhas do colégio deles por que quando sentavam na mesa para as refeições só tinha lugares para os quatro meu pai, minha mãe, meu irmão e minha irmã sempre deveria comer por última e arrumar toda aquela bagunça da cozinha.
As lágrimas começaram a rolar pela minha face por alguns instantes parece que tudo ali estava me sufocando principalmente os braços de Adriam que antes me sentia segura de qualquer coisa então sem Adriam ou eles esperarem sai correndo e acabei só parando quando não aguentava mais minhas pernas estavam doendo e minha mente só conseguia lembrar aquele dia em que algo em mim morrera e que nunca mais recuperaria o amor de uma família uma família de verdade.
Depois daquela tarde em que Gustavo tinha me deixado quase perto de casa se passaram três dias que esperei ansiosamente foi quando o inicio de uma verdade escondida de mim resolveu aparecer na mão pesada do meu pai em meu rosto enquanto dormia depois que eles chegaram do culto só escutava os berros de minha irmã e meu irmão tentando acalmar meu pai que estava me puxando da cama pelos cabelos com tanta força mais so que o habitual que comecei a gritar de dor isso assustou meu irmão que veio em meu socorro mais que foi empurrado com toda fúria pelo meu pai que me dava murros a torto e a direita de repente ele consegui acertar meu rosto que começou a sangrar deixando meu irmão mais disposto a parar com aquela cena brutal foi quando meu pai pegou ele pelo pescoço e o lançou em cima de uma cadeira velha que tinha no quartinho que dormia avisando-o para não se meter minha mãe correu para segura-lo e disse qualquer coisa em seu ouvido que o fez sair então meu pai me pegou mais uma vez pelos cabelos e me arrastou pra fora indo parar na sala me batendo muito achei que ia desmaiar foi quando vi Gustavo tirando ele de cima de mim meu cavalheiro de armadura reluzente estava ali para me salvar ele veio como prometeu pensei foi quando escutei meio que como um zumbido pois ele tinha me deixado moca com um tapa ou murro que ele tinha me dado no pé do ouvido para minha mãe me levar para o quarto mais de lá eu podia escutar meu pai encolerizado falando com ele......