As servas de Odin.

É tempo de guerra. Soldados cruzam relevos acidentados, rios caudalosos e campinas verdejantes, suportando heroicamente o abrasivo calor do meio-dia. Desbravam mitos e medos ao som de clarinetes e tambores. Marcham rumo ao seu fatídico e inescapável destino, o tenebroso campo de batalha, onde serão recepcionados copiosamente pela artilharia inimiga. Em resposta, canhões passam a trovejar bolas de fogo a cruzar o céu. Tudo ao redor fica acinzentado com a fumaça da insanidade humana. As Valkyrias sobrevoam o grande palco da insensatez humana, escolhendo os mais destemidos para levá-los à Valhala.

É guerra!

E na estratégia do general-comandante, busca-se incessantemente a sabedoria nas atitudes através da prudência de cada passo. Milimetricamente, os passos do oponente são estudados. Dias e meses transcorreram. A fome, a insolação e o contato corpo à corpo fizeram muitos homens cambalearem sobre o chão. Então, em um momento de trégua, um soldado aos trapos exclamou:

- Eis a vida de cada um de nós, à sombra de desafios e de incertezas, onde por vezes o medo prepondera. E que a vitória nos condena à infelicidade!

Caio Ferro
Enviado por Caio Ferro em 15/01/2014
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