Engenharia de uma crença

A liberdade de pensamentos permite que emitamos as mais diversas opiniões sobre o que sentimos ou achamos que temos em determinados momentos, períodos ou tempos. Evidentemente, quase todos os pontos de vista estão submetidos às experiências de vida que temos e que cujas mudanças ocorrem em função do que vamos adquirindo pelo caminho e adicionando, substituindo ou mesclando para enriquecê-los. Uma das eternas polêmicas entre crentes e ateus, claro, é a existência de Deus. Hoje, mais uma vez, sem que houvesse necessariamente uma polêmica sobre a existência de Deus, mas uma abordagem sobre o que seria Sua “preocupação” em gerir, ou pelo menos acompanhar os destinos de cada vivente cogitou-se o desperdício que seria para Deus acompanhar cada um de nós nos mínimos detalhes do dia a dia. Contra argumentei com uma analogia que, talvez por não ler lá o que deveria, ainda não tive oportunidade de ler/ouvir de alguém. Imaginemos primeiro nossa incapacidade de entender pontos de vistas alheios; de entender as complexidades das coisas de uma forma geral: desde o tamanho do universo até as formas de como atua a natureza ou mesmo as transformações que o homem faz usando-a como matéria prima. Em outras palavras: tomando a nossa ignorância como parâmetro, já teríamos um bom referencial “desabilitador” de opinião fixa a respeito de coisa tão grande. Para completar, imaginemos que, numa linguagem humana atual, Deus tivesse feito um programa, claro, gigantesco, que gerenciasse e desse notas a cada bom feito de cada indivíduo cuja alma tivesse um cadastro de nascimento e fosse, a partir daí, monitorado por esse programa invisível. Essas notas não levariam em consideração literalmente as regras da sociedade na qual o se estivesse inserido, mas suas ações e repercussões negativas e positivas para si e para ou outros. Elas seriam o fator determinante para as reações e correções a que cada indivíduo estaria sujeito de forma automática, como os próprios programas humanos o fazem, apontando inconsistências sem que necessariamente haja um acompanhamento da rede de PC’s que a nuvem da WEB abranja. Há sim, apenas o gerenciamento, porque o programa faz o trabalho duro. Se nós, pobres mortais, fomos capazes de uma coisa dessas, do que não o seria O Criador do universo?