Crônica do amanhecer.

Hoje pela manhã, ao acordar meio que atordoado diante das obrigações profissionais que a vida me confiara, resolvi abrir a janela de meu quarto e notei que o astro-rei se erguia imponentemente no horizonte. O céu estava claro e o clima bastante ameno. Ouvi o canto festivo dos pássaros acolhidos nas copas frondosas de árvores no entorno de minha casa. Era tão harmônico que lembrava uma sinfonia mozartiana da qual me obrigava a ceder minutos de contemplação da sabedoria criadora da natureza.

Esqueci por um instante das atribulações mundanas que me causavam angústias. O tempo passava e não percebia.

Aos poucos, as pessoas saiam de suas casas em direção aos seus ofícios. Carros congestionavam ruas. Pedestres transitavam pelas calçadas em compasso acelerado, conversando em tom alto sobre assuntos variados. Então não pude mais ouvir àquela musicalidade poética. Olhei para o relógio e este me informara que estava quase na hora de me dirigir ao trabalho. Rapidamente tomei banho, me vesti, tomei café e fui à labuta.