UM DOS HOMENS HONESTOS DA FAMÍLIA!
Estava eu a contemplar os transeuntes (no caso, algumas aves esparsas, brigando por um espaço em um pequeno ninho, que não são transeuntes, é claro, mas, digamos que sim), quando observei o trabalho desgastante de um dos meus parentes por parte de mãe, o qual tenho pouco contato e devido a “selvageria’ da espécie, apenas temos o nome de parentes, pois, não somos absolutamente nada: não partilhamos nada em comum, ele lida com trabalho bruto, não é dado a raciocínio lógico, ignora política, desconhece completamente filosofia, etc.
O que não quer dizer ser eu melhor, mas, menos ignorante e mais consciente de minhas falhas e limitações como ser humano!
Inclusive, no quesito filosofia, para ele, se adicionar um pouco de sal ficará melhor!
Não consigo entender como existe no mundo seres unidos, inclusive, Deus, constituiu as sociedades assim, onde pessoas são próximas, onde parentes se respeitam e chegam até a se amarem, enquanto para mim , não sinto absolutamente nada por parte da minha parentela (familiares também) e desconfio, que a recíproca, é exatamente igual!
Não é dado à arte, isso inclui a música, a literatura, etc. A única coisa que domina bem é a linguagem universal do dinheiro, onde com poucos reais adquiriu alguns bens, inclusive carro e casas! Nem tudo está perdido! Até um “bardo” consegue sobreviver e adquirir comodidades!
Muito bem, contemplava eu os pássaros (estava de folga), quando minha visão foi atraída, para um determinado ponto, onde um indivíduo, puxando, (não, pushing), ou seja, empurrando um carrinho de mão, passou algumas vezes pelo campo de visão, transportando àquele veículo manual, até além das bordas de areia!
Até aí, nenhum problema!
E não haveria nenhum, caso, a areia que estava “pedindo emprestado”, não fosse para a reforma da pequena escola, da pequena vila, adquirida por concorrência pública para beneficiar a comunidade, ou seja, as crianças. Em resumo, o meu caríssimo parente estava “surrupiando” areia para sua obra, sem se importar com o bem estar dos estudantes do local, que precisavam urgentemente de uma reforma substancial na escola!
Independentemente de ser meu parente e não gostar de mim, é exatamente isso o que ocorre com as pessoas em geral: sempre acham que podem tirar proveito de uma situação, quando ninguém está vendo nada! Isso é o que pensam e isso, infelizmente, tenho que vê todos os dias no meu serviço sem poder fazer absolutamente nada! Cada cabeça é seu mestre!
Consequentemente, meu parente, bem como alguns dos colegas de trabalho não conseguem ainda entender: não há nenhuma diferença em surrupiar meio metro de areia, meio metro de pano, meio cento de tijolos ou meio milhão de dólares! O Juíz até necessita do valor do desvio para efetivar sua Sentença, outrossim, no que tange a consciência e ao crime cometido em si, não há nenhuma diferença!
O desvio de conduta para se apropriar do alheio, não está em um ato físico, propriamente dito, mas, é fruto de um “desvio mental” , uma falha no caráter e um distúrbio sensorial, quer um exemplo? Olhe o José Dirceu, por exemplo, com o salário que tinha, as regalias, precisava fazer o que fez?! Outro? Lalau... etc.
Mr. LITTLE JOHN (para os íntimos, Zé), devolve esse meio metro (cúbico) de areia enquanto estás a caminho, para que não ocorra de serdes julgados mais severamente pelas leis Universo e... “não seres metidos à prisão e não saíreis de lá enquanto não houveres pago o último ceitil”