MOMENTO DE ESCREVER CONSOANTE AO DE QUEM LÊ
Escrever é um hábito saudável e prazeroso. É a manifestação do pensamento atendendo a vontade, estabelecendo um contato íntimo e silencioso com o leitor. É, muitas vezes, a melhor forma de expressão, sobretudo para os tímidos, limitados na linguagem oral.
Escrever não é simplesmente um modo de "passar o tempo", mas deve ser uma forma eficaz de aproveitá-lo. É um estímulo à memória, um exercício mental para a inteligência. É a palavra escrita registrando o pensamento.
Bom é escrever sempre. Que palavras escritas registrem o nosso pensamento todos os dias. Quantos bons pensamentos se perdem no vácuo e na dispersão das ideias. Só na palavra escrita elas se preservam.
Não escrevo todos os dias; exceto o dever de ofício. Não tenho exclusividade de tempo para o Recanto das Letras. Creio que só os aposentados, aproveitando bem o tempo, têm esse privilégio. Os desocupados, quase sempre, desperdiçam tempo. Não sabendo tirar do ócio um ofício, dedicam-se integralmente a escrever, publicar e comentar, estar de plantão a contabilizar estatística. Nisto consiste a perda do sentido de escrever; pelo menos o valor literário. Vira alguma coisa viciosa, muito quantitativa e menos qualitativa. Felizmente, há muitos escrevendo bem e com qualidade, assuntos interessantes. Há muito mais, infelizmente, quem escreve por escrever, sem qualquer compromisso. O compromisso a que me refiro não é, necessariamente, o de ser um literato poeta ou prosador. É o de dedicar-se ao útil e construtivo no que escreve. Muitos caem na mesmice intolerável da invariável temática existencial. Outros fazem deprecações, julgamentos, críticas pejorativas, malícias e maldições; mais outros posam de sábios rabiscando ensaios de mórbidas sapiências, dando receitas do bem com a alma imersa em cegas e corrosivas ofensas pessoais. A uma frase ou verso perversos são adjetivamente laureados com um elogioso “sublime”, “magistral”, ou “divina inspiração”. Pelo que buscam dia e noite, tornam-se campeões de leituras e comentários. Muitas vezes o comentário é maior que o texto lido, repleto de elogios pessoais, e nada alusivo ao que, supostamente, não leu ou leu mal. Quanta bobagem! Enfim, é bom e necessário escrever, mas há que se ter cuidado. De outro modo, dá-se o contrário ao que seria um saudável e prazeroso momento de leitura.
Escrever é um hábito saudável e prazeroso. É a manifestação do pensamento atendendo a vontade, estabelecendo um contato íntimo e silencioso com o leitor. É, muitas vezes, a melhor forma de expressão, sobretudo para os tímidos, limitados na linguagem oral.
Escrever não é simplesmente um modo de "passar o tempo", mas deve ser uma forma eficaz de aproveitá-lo. É um estímulo à memória, um exercício mental para a inteligência. É a palavra escrita registrando o pensamento.
Bom é escrever sempre. Que palavras escritas registrem o nosso pensamento todos os dias. Quantos bons pensamentos se perdem no vácuo e na dispersão das ideias. Só na palavra escrita elas se preservam.
Não escrevo todos os dias; exceto o dever de ofício. Não tenho exclusividade de tempo para o Recanto das Letras. Creio que só os aposentados, aproveitando bem o tempo, têm esse privilégio. Os desocupados, quase sempre, desperdiçam tempo. Não sabendo tirar do ócio um ofício, dedicam-se integralmente a escrever, publicar e comentar, estar de plantão a contabilizar estatística. Nisto consiste a perda do sentido de escrever; pelo menos o valor literário. Vira alguma coisa viciosa, muito quantitativa e menos qualitativa. Felizmente, há muitos escrevendo bem e com qualidade, assuntos interessantes. Há muito mais, infelizmente, quem escreve por escrever, sem qualquer compromisso. O compromisso a que me refiro não é, necessariamente, o de ser um literato poeta ou prosador. É o de dedicar-se ao útil e construtivo no que escreve. Muitos caem na mesmice intolerável da invariável temática existencial. Outros fazem deprecações, julgamentos, críticas pejorativas, malícias e maldições; mais outros posam de sábios rabiscando ensaios de mórbidas sapiências, dando receitas do bem com a alma imersa em cegas e corrosivas ofensas pessoais. A uma frase ou verso perversos são adjetivamente laureados com um elogioso “sublime”, “magistral”, ou “divina inspiração”. Pelo que buscam dia e noite, tornam-se campeões de leituras e comentários. Muitas vezes o comentário é maior que o texto lido, repleto de elogios pessoais, e nada alusivo ao que, supostamente, não leu ou leu mal. Quanta bobagem! Enfim, é bom e necessário escrever, mas há que se ter cuidado. De outro modo, dá-se o contrário ao que seria um saudável e prazeroso momento de leitura.
PS> Réplica igualmente endereçada:
Aqui mesmo respondo, veneranda senhora: a mente suja produz um texto de igual teor. A essa altura e circunstância da vida, literalmente, a masturbação alcançou-lhe todos os níveis de prazer e experiência.
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Em destaque o inteligente e poético pensamento do poeta RONALDO TRIGUEIROS LIMA:
"Escrever é um grito sem eco. Um adeus sem lenço. Dar vida ao papel em branco. Testemunhar o tempo. Eternizar sonhos. É ficar contente quando alguém entende seus gritos, abraçando-os com carinho."