Maquiavelismo infantil.

Quando eu ia pescar com meu pai e alguns amigos dele, não era que nem hoje, que a gente leva um colchonete para as crianças, caso elas tenham sono; no meu caso, o sono chegava e, às vezes, estava garoando ou chovendo fino, porém, a pesca estava boa; o menino ficava cochilando em cima das pedras ou tentando se proteger em alguma grota, sem lugar para reclinar a cabeça; muitas vezes ou quase sempre, era despertado aos gritos para preparar alguma isca ou coisas do gênero. Até que um belo dia ele descobriu que quando acabava a pinga os velhos iam embora. Plano maquiavélico: Quando os pescadores se afastavam um pouco, ele ia jogando fora a pinga, aos poucos, devagar e sempre. Depois dessa relevante descoberta, através de árdua pesquisa, o menino ganhava algumas horas e muitas broncas a menos. Só que um dia ele radicalizou; resolveu beber a aguardente. O resultado foi o mesmo, foram embora discutido quem bebera toda a marafa. Mas o menino esqueceu uma coisa, teriam ainda que escalar um penhasco de uns trinta metros de altura, caminhar por sobre as peredes de um canal que levava água para mover as turbinas da usina "COPEL", caminhar seis quilômetro a pé e, quando dava na bola, os marmanjos ainda passavam em um bar de "prosts". mas deu tudo certo. Que era esse tipo de bar o menino só descobriu aos trina e oito anos. Porém, isso é irrelevante na história.

Carlinhos Matogrosso.

carlinhos matogrosso
Enviado por carlinhos matogrosso em 06/01/2014
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