Priscila

Jovem de olhar dócil e inocente, como alguém que acaba de nascer

Seus gestos e suas palavras contradizem seu interior farto de amor

É semelhante a um recém-nascido que desperta mimos e calor

Tropeça com seus passos controlados e demasiadamente confusos

Cheia de encantos, quem mergulha em seu mundo, decai em labirintos

Deseja ser livre e fugir de seu mundo sombrio e viver em jardins vívidos

As correntes em seus punhos deixaram marcas e dores em seu peito

Corações alheiros sangram ao contemplar seus olhos cor do entardecer

Desejam lhe roubar para os seus castelos e provocar risos em sua face dócil

E fazê-la adormecer em braços calorosos, semelhante a berços calmos

Futuro traçado por anjos negros e insensíveis que respiram seu ar

Destino amargo e intrigante, despertador de iras e guerras ocultas

Tão amada e julgada, que sua dor se mascara dentro de si nitidamente

Um cristal entre as rochas de mares agitados, aguardando salvação

Uiva discretamente em um lugar distante como um lobo solitário e triste

Inspiradora de várias letras e canções, princesa de vários reinos secretos

Ser de luz que não adormece no escuro, beleza interior que reflete ao redor

Guarda contigo segredos que não são somente seus, mas daqueles que a amam

Conformada em seu mundo, crê que jamais será libertada de seu caminho

Ela desconhece o leão que habita em si, mas todos aguardam o seu despertar.

Lu Veríssimo Art
Enviado por Lu Veríssimo Art em 04/01/2014
Reeditado em 15/06/2015
Código do texto: T4636689
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