Priscila
Jovem de olhar dócil e inocente, como alguém que acaba de nascer
Seus gestos e suas palavras contradizem seu interior farto de amor
É semelhante a um recém-nascido que desperta mimos e calor
Tropeça com seus passos controlados e demasiadamente confusos
Cheia de encantos, quem mergulha em seu mundo, decai em labirintos
Deseja ser livre e fugir de seu mundo sombrio e viver em jardins vívidos
As correntes em seus punhos deixaram marcas e dores em seu peito
Corações alheiros sangram ao contemplar seus olhos cor do entardecer
Desejam lhe roubar para os seus castelos e provocar risos em sua face dócil
E fazê-la adormecer em braços calorosos, semelhante a berços calmos
Futuro traçado por anjos negros e insensíveis que respiram seu ar
Destino amargo e intrigante, despertador de iras e guerras ocultas
Tão amada e julgada, que sua dor se mascara dentro de si nitidamente
Um cristal entre as rochas de mares agitados, aguardando salvação
Uiva discretamente em um lugar distante como um lobo solitário e triste
Inspiradora de várias letras e canções, princesa de vários reinos secretos
Ser de luz que não adormece no escuro, beleza interior que reflete ao redor
Guarda contigo segredos que não são somente seus, mas daqueles que a amam
Conformada em seu mundo, crê que jamais será libertada de seu caminho
Ela desconhece o leão que habita em si, mas todos aguardam o seu despertar.