A dor

Não há dor como a de amor, qualquer que for é quase nada comparada ao sentimento de quem ama e não é correspondido. As lembranças de tempos insolúveis onde tudo era feito de ouro e mel, e o prazer estava a distancia do seu corpo, da sua boca; nada fere tanto o coração como lembrar de dias como aqueles.

Não a razão em continuar alimentando sentimentos por alguém que não dar nenhum motivo, porque ainda continuo sonhando com você todos os dias? Eu já não sei quando comecei a te amar, só sei que agora não consigo parar. Maldição! O amor é uma maldição? Mas como? Meu coração então seria um traidor? Ou sou eu um pobre iludido buscando sonhos impossíveis?

– Vai embora! – Gritei para as paredes – Não vale à pena continuar ferido, eu quero apenas esquecer de vez, ou talvez... De vez em quando.

Ajoelhei-me e coloquei-me perante a parede. Minhas mãos foram deslizado por aquele ser feito de cimento, tijolos e tinta. O que está acontecendo comigo? Porque as lagrimas não param de escorrer? Acho que somente eu posso responder a essas perguntas. Levantei-me e caminhei ate um pequeno lago que havia ali perto. O sol da manhã que acabava de nascer permitia enxergar meu reflexo na água. Observei-me por alguns instantes, uma imagem clara de um derrota...

–Vai embora! – Gritei novamente, mas agora para meu reflexo, a minha clara representação da dor. – Não a sentido em continuar sonhando, pois só me faz entristecer, e morrer completamente... Por dentro.