Jingle Bells - Papai Noel
Jingle Bells
“ O meu sapatinho, no parapeito janela do meu quartinho, está vazio. Papai Noel esqueceu-se de mim”.
É muito difícil não deixar-se influenciar pelo “bombardeio midiático”, nestes tempos de festas... “Natal” e Ano Novo. É contagiante e instigante, quiçá intrigante. As contradições saltam-nos à vista!
O Natal, um tempo de intensa religiosidade, simbolismo e motivação familiar, é “vendido” como propaganda de festival consumista, ao ponto de ser imoral. Estimula-se ao desperdício, à competição vaidosa do “melhor natal”( presente ). Imoral no sentido do singular tempo vivido: Natal. O Natal não é uma festa de aniversário do “Menino Deus”... “Parabéns para você”... “Muitas Felicidades”...Um presentinho aqui? O Natal na sua essência original, é a festas do seu nascimento, que se renova a cada ano, no meio da Sua família humana. Festa que deveria ser celebrada a cada instante, pelo nascimento no meio de nós da esperança. Esse “nós”, não significa só o “nós” humanos, mas de toda criatura de Deus na terra.
É muito além do Jingle Bells, do “natal midiático”, do “natal” do Papai Noel. O “natal” Papai Noel, o do “bom velhinho”, é o “natal” consumista ou o “natal” que promove o consumo desenfreado... presentes, comilanças... Carnes, bebida e frutas exóticas.
“Mas o meu tosco e roto sapatinho, no peitoril da janela do meu tosco barraco, coberto com um telhado de zinco todo furado, está ao tempo, úmido do orvalho da madrugada, ficou a espera... está vazio... De Papai Noel”.
Nesta perspectiva, “toscos sapatinhos”, cobram a falta de isonomia do “Bom Velhinho”... “Papai Noel esqueceu-se de mim!”
Comida e presentes em abundância para uns e para os outros... Como crer num Deus amoroso? Numa “Criança Deus?”
Salta aos olhos a desigualdade. Mas Deus, não é igualdade e fraternidade?
“Por que Papai Noel não se lembrou de mim?” Perguntam-se os milhares de “Órfãos do natal midiático”.
É uma maldade ligar o Natal do “Menino Deus”, ao “natal” do Papai Noel...
Seria Deus injusto?
BNandú dez/2013