Grosseria ou cortesia

Minha vó diria que eu não tenho sangue de barata, a sabedoria popular diz que aqui se faz aqui se paga, e eu costumo apenas dizer que sou justa. Independente do título nota-se que não é difícil me encontrar em situações de conflito. Sou de guardar muitas coisas, de escrever/engolir algumas e me posicionar, explicitamente, em outras. Dou valor demais às palavras direcionadas a mim, ainda que por vezes, desvalorize as minhas próprias.

Cresci imbuída em títulos, tais como, especialista em patadas, grossa, insensível, ignorante, não a toa me reencontrei (como a desconhecida Robroy). As letras podem ter me amolecido, mas também se tornaram minha maior arma. Com elas sou capaz de dilacerar um coração, ferir uma alma despreparada. Meia frase... é tudo que preciso:

- Podemos assistir esse filme? Já assistiu?

- “Ah podemos, não vi ainda. É bom?”

- Eu gostei.

[40 minutos depois, aguardando a boa vontade...]

- “Vai assistir o filme?”

- Não sei

- “Não sabe ou não vai?”

- Não sei.

- “Vai assistir ao filme?”

- Vou colocar, se você quiser assistir... assista!

Viram que poder maléfico??? ¬¬ Um pingo de indiferença, uma vírgula sinceridade e” naturalidade é igual a um bico gigantesco, mais cara virada e 24 horas de “você não está aqui”.

As vezes acho que algumas pessoas são sensíveis demais, ou simplesmente se esquecem de como agem com os outros. Ou vai ver, meu jeito tradicional é rude demais para pessoas perfeitas!

Robroy
Enviado por Robroy em 02/01/2014
Reeditado em 02/01/2014
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