NADA DE NOVO
De novo o ano que se incia só tem o nome.
Nada mágico acontece na passagem de 31 de dezembro para 1º de janeiro.
Como nas outras 364 meias-noites ao longo do ano, nossos problemas e angústias não se dispersam como que por encanto.
O que acontece é que ficamos mais esperançosos, e com a família e amigos por perto nos sentimos mais seguros e acolhidos.
Pensamos nas dificuldades vividas, e com toda a sinceridade do nosso coração desejamos que o ano que se inicia seja diferente.
Mas nos dias que se seguem após o Réveillon, somos trazidos de volta à realidade, e acabamos nos decepcionando ao perceber que nada mudou, que todas as pendências permanecem ali, em compasso de espera, aguardando para serem resolvidas.
A vida... Bem, a vida em grande parte do tempo é bem mais ou menos, bem morna.
O que quebra a mesmice são picos de tristezas ou de alegrias, e dependendo da intensidade e um ou de outro, terá valido ou não a pena.
Aliás, essa é uma conclusão que só chegaremos ao final de tudo, e não agora enquanto ainda estamos no meio do caminho.
Cabe a nós tirarmos proveito das lições aprendidas, desfrutarmos dos bons momentos e aproveitá-los para repor as energias e nos prepararmos para as tempestades que, inevitavelmente, virão.
Assim é a vida... Um ganha e perde, um cai e levanta constantes. E está aí para ser vivida.
Afinal, ela não para.
E quando finalmente parar, já não haverá o que e por que falar dela.