Coisas que sei a meu respeito
Eu nunca esperei muito da vida, sempre deixei tudo acontecer. Acho que quando há muita espera as chances de se frustrar são enormes, tremendas, e eu não dou conta da frustração, confesso! Como sou muito medrosa, muito insegura, analiso mil e uma vezes a mesma situação. Às vezes perco uma boa oportunidade, mas me faço acreditar que não era pra ser. Porque quando tem que ser eu me jogo, sem meio-do-caminho, sem atalho, sem nove-horas, sem lenga-lenga. Quando eu quero não tem dúvida, nem receio, que me segure. Mas quando eu não quero uma coisa... Bom, aí o bicho pega.
Eu me dou com quase tudo, com quase todos. E não me forço a nada, principalmente a sorrir quando não me sinto bem. Tem dia que sou muito simpática, mas tem dia que não tô pra ninguém (e que não me contrariem, por favor!). Mas eu não piso no calo do outro, não grito, não xingo, nada de berros, só não tenho assunto - ou não quero ter.
Então, aprendi a não esperar muito de mim. Simples assim eu me deixei ser e estar. Com quantas faces eu quiser, com ou sem sorriso, com ou sem abraço. Não abro mão do alto astral e procuro espantar qualquer brisa mal humorada que se aproximar (não é todo dia que é possível, mas na maioria sim).
Aprendi a me deixar acontecer. A me pausar. Me permitir. E desde que aprendi a me respeitar passei a respeitar ainda mais o espaço do outro.