S´... SOS´... SÓ.

E assim ela andava...
Solitária em seus pensamentos,
Apesar de estar rodeada de pessoas,
De gente, que amplamente, completavam,
Seus dias, e dias, e dias...
Mas ela caminhava só,
Apenas com suas lindas histórias,
De crianças que brincavam de roda,
De bonecas, de pera, uva, maçã,
De tudo que seu mestre mandar e,
De queimados.
Passagens por tudo que lhe chamava à atenção...
Das notas no boletim da escola,
Do aumento da violência contra as meninas,
Da abordagem de colegas candidatos ao namoro,
Dos dias de extrema solidão que lhe tirava a calma,
Das noites de verão, nas quais sobravam companhias.
Sim, ela era refém do amor e do carinho de outrem,
Necessitava ardentemente disto,
De se relacionar com pessoas,
De estar sempre ao lado de alguém,
Vontade imensa de conversar, aprender, compartilhar,
Amar.
Assim, viveu, cresceu e dedicou-se,
O tempo todo a se solidarizar com os menos favorecidos,
A ser a mãe que faltava para várias crianças,
A ser companheira, amada e adorada por todos,
Mesmo que no seu interior estivesse só,
Com seus botões.



Por: Jaymeofilho.
         30/12/13.
Jaymeofilho
Enviado por Jaymeofilho em 30/12/2013
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