Máscaras
Sonho com culpas inacabadas, quando poderia ser simplesmente um fantasma da minha própria e rara memória.
Me valo do meu desvalor, e me honro por desonrar.
Me amo por culpar, me culpo por acertar.
Sonhos me dão a esperança de me olhar no espelho de manhã e ver a garotinha que deixei morrer para que meu novo ego pudesse nascer.
Fiz de mim um brinquedo que só eu sei brincar, e dancei a dança na chuva sem ter uma par para me brindar.
Escrevi solidões enquanto ocupava a cama de um alguém esquecido.
E deixo esse retrato no espelho para que todos possam me transformar.
Derrotei todos os meus sonhos e me deitei com todos os meus pesadelos.
Mas ainda sou a princesa a bailar no salão do nobre pai, a espera do nobre marido.
Sou apenas minha sombra... ou até mesmo minha sombra teria se transformando?