MUDAR É DIFÍCIL.

Falei o que seria o novo em crônica, mas nada que estaria preso ao cotidiano, ao mundano, ao curricular a que todos estão sujeitos e passíveis de cair no laço. Novo é diferente de novidade, distante da semântica o que desemboca em sinônimo. Quem não gosta de novidade? É o que se apresenta e cativa, seduz, envolve, arrebata.

Maravilhosos amigos da internet não presenciais, mas próximos, por todos os motivos, por imensas afinidades, trouxeram contrapontos. Que bom, todas as divergências ainda que longínquas da essência convergem. Por quê? Por aproximar do essencial, pensar, refletir, construir sobre a mesma meta.

O novo não significa sobreviver com todas as necessidades materiais ligadas aos sentidos, às novidades do dia a dia que se apresentam e são inevitáveis, a novidade surge, o novo se procura. Ter vários amores, paixões de momento que vão e vêm como passa o tempo, incendiadas pelos hormônios corporais, manter distância do que nos aborrece e usufruir somente do que nos dá alegria e prazer, pessoas, próximas ou não, procurar um lado melhor de ser e sentir, diante do momento, como é do saber comum, são transitoriedades, nada de permanências em mergulhos maiores do que seja um espaço novo.

O novo não engloba a novidade da vida, é perseguido, da mesma forma que se quer uma nova atividade laboral ou de lazer, ou de ocupação intelectual, escrever, pintar, esculpir, fotografar, colecionismos, etc. É um voo a maiores distâncias, procurado, como uma visão de águia que habitando um espaço diverso pode ver mais. As alturas encerram silêncios. Não fora em vão o desejo do homem de voar. O novo enfrenta as alturas e placidamente plaina nesse espaço que traduz paz e calma. Tenta se elevar do cotidiano e de seus transtornos que a humanidade só faz aumentar. É defesa e ataque, defende valores desconhecidos e ataca a linearidade que invade nossa vida comum. O novo que está no silêncio não é comum, e por não ser comum torna-se difícil dele se apossar, quase impossível dominá-lo, mas é acessível. Nem que seja por momentos, altamente compensadores. Basta mergulhar no silêncio.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 29/12/2013
Reeditado em 30/12/2013
Código do texto: T4629578
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