UMA PERNA QUEBRADA E TALVEZ O FIM DA CARREIRA. E CHAMAMOS ISSO DE ESPORTE.
Um casal gaúcho, pagou a bagatela de 2.000 dólares, para assistir a luta. A violência institucionalizada, pois que o MMA, uma mistura das chamadas artes marciais, (não entendo como alguém possa ver arte em uma demonstração de violência pura onde vale qualquer coisa, como, entre outras, insanidades, mutilar o adversário) tornou-se uma onda de apoteose ao que o ser humano tem de pior. Desde sempre, machos da espécie disputaram no corpo a corpo a posse de uma fêmea ou o produto da caça. Nos tempos modernos a violência que assola nossos estádios de futebol ou que aflora nos protestos e outros movimentos populares, tem sua origem justamente aí. Na demonstração da mais primitiva ferocidade humana, levada aos holofotes, milionários dos espetáculos televisivos. Obviamente, amebas, com músculos criados a base de anabolizantes, saem para a rua exercitando o que pensam ter aprendido nas lutas do UFC. Só que escolhem adversários mais fracos. Pois sua musculatura não passa de massa muscular simulada. O resultado é o triste espetáculo que presenciamos em estádios de futebol e outras manifestações públicas onde estes alienados explodem sua frustração sobre pessoas inocentes que nada tem a ver com suas alucinações. Não entendo como pessoas inteligentes perdem tempo assistindo o deprimente espetáculo de sois seres humanos digladiando-se como se ainda estivéssemos na hera dos gladiadores romanos. Falta agora voltar aos tempos em que homens eram jogado à arena onde deveriam resgatar seu direito de continuar a viver, enfrentando leões famintos. Vibraremos ao ver o felino mastigando o fígado de alguém que patrocinado por mega empresas, arriscará a vida por uma bolsa milionária.
Mas o que mais me assusta é ficar sabendo que o MMA é o, (esporte) que mais cresce em popularidade no país. Me dirão, como de hábito quando critico o que julgo errado. "Os tempos mudaram". Sim, as pessoas mudaram, o mundo mudou. Quando o coice de uma mula é copiado e estabelecido como golpe válido em uma luta esportiva, eu me sinto realmente deslocado. Devo ter ficado inerte enquanto o mundo mudava. Recentemente, traficantes, (apenados) comandaram uma onda de estupros por trás das grades, que deveriam mantê-los isolados da sociedade. Estratégia para desviar a polícia de seus objetivos mais rentáveis. Nós não temos pena de morte, mas bandido morto, não comanda mais nada. Se me pagassem, passagem e hotel, mais entrada para assistir a tal luta, eu trocaria tudo por um outro tipo de corpo a corpo, com uma bela mulher.
Lauro Winck