O QUE É O NOVO?

O novo vem para mudar. Novo é o contrário de velho. Como mudar? Difícil indagação ao que se contrapõe mudar para o quê.

Todos temos objetivos, os curriculares nem devem ser mencionados. Todos, legitimamente, aspiram saúde, melhoria material relativa a sobreviver com conforto, bens alcançáveis e desejados, etc. Digo sobreviver, logo que viver é outra coisa, e sobreviver todos sobrevivem até a última viagem, de alguma forma, mas viver dá trabalho, mais do que sobreviver. Sobrevivemos, bem ou mal, dentro do que desejamos ou não.

Na vida temos impasses, ponto cruciais de fazermos escolhas, todos nós. Tive duas importantes em minha vida. E fui buscar o caminho como em um oráculo, e abri aleatoriamente, e li “por esta causa dobro meus joelhos....”. E minha vida chegou ao novo na corrida em que vivia, pois aceitei a sinalização.

Qual a razão de dizer isto; externar, necessidade de exteriorizar, método junguiano que salta das artes plásticas para o verbo. Escrever é terapia, necessidade para alguns, para mim, desde de que nasci. Já fui um poeta jovem, as escolas se perderam. E namorei muitas moças por ser um jovem poeta. Perdi a embocadura, não mais me seduz a poesia. Vivi bastante para conhecer o outro lado do sonho.

O novo é aquilo a que se chega pelo difícil silêncio que além de trazer imensa paz, acima de tudo, comove, emociona. E comove por ser um MUNDO NOVO, o novo. Ninguém vive o turbilhão em que vivemos por opção, mas por necessidade e envolto em circunstâncias, e ficamos distantes do desconhecido, desse mundo novo que faz o advento de uma outra vida.

Que o novo esteja entre todos na virada do calendário, no grande abrigo do silêncio.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 28/12/2013
Reeditado em 28/12/2013
Código do texto: T4628409
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