Garis e a limpeza pública
Estava parada no semáforo, atrás do caminhão da limpeza pública, e de repente, observei os dois garis dependurados na traseira do caminhão. Esta cena me chocou. Coloquei-me imediatamente no lugar deles, e concluí que não seria capaz de me equilibrar, e que sem nenhuma dúvida me despencaria de lá. Porém, quando o caminhão arrancou e virou bruscamente para direita, imediatamente, tomei uma decisão, não era meu trajeto, mas resolvi segui-lo. Não por curiosidade, mas por preocupação, queria assistir mais um pouco a este filme de terror. Como se devesse fazer alguma coisa, para ajuda-los, eu prossegui atrás deles.
Não tardou, e o motorista parou o caminhão. Os dois garis desceram e apanharam alguns sacos de lixo, e mal colocaram os sacos no caminhão, este arrancou, e eles tiveram que apressar os passos, pular e se agarrar nos estribos. Depois, observei que quando um veículo ultrapassava o caminhão, o pó subia e se espalhava, atingindo, em cheio, os garis. Num momento, um deles se segurou no caminhão com apenas uma das mãos, porque com a outra esfregava os olhos, que provavelmente, fora atingido pela poeira. E, ele queria desobstruí-lo e aliviar a dor.
Compreendi que algo estava muito errado. Pesquisando sobre a categoria dos garis, em trabalhos jornalísticos e acadêmicos, constatei que esses trabalhadores, que executam tão indispensável função, estão sujeitos a péssimas condições de trabalho. Porque no processo da coleta do lixo, estão presentes muitos agentes nocivos à saúde. Por exemplo, o mau odor dos resíduos que podem provocar náuseas e cefaleias. O ruído do trânsito e da compactação dos resíduos, que podem afetar a audição, e causar tensão nervosa, estresse e hipertensão arterial. A exposição ao sol que sem o protetor solar, pode dar início a um câncer de pele. Entre outros, a poeira é uma perigosa vilã, que além do desconforto, pode levar à perda da visão. Devido ao fato, que os garis tentam limpar os olhos, sem a devida assepsia das mãos. E, ainda correndo o risco de cair do caminhão da limpeza pública.
Não obstante, o correto seria que os garis fossem transportados na cabine, junto do motorista. Entretanto, isto não está ocorrendo. Além disso, eles não estão utilizando os equipamentos de proteção individual, luvas, óculos, uniformes visíveis, etc, que devem ser fornecidos pelos patrões, de acordo com a NR4, norma que estabelece a obrigatoriedade das empresas públicas ou privadas de promover a saúde e proteger a integralidade do trabalhador, conforme artigo 162 da CLT. Contudo, notificamos o triste cotidiano destes trabalhadores, e esperamos as medidas cabíveis, porque que quedas dos veículos são comuns, e muitas vezes fatais.
Estava parada no semáforo, atrás do caminhão da limpeza pública, e de repente, observei os dois garis dependurados na traseira do caminhão. Esta cena me chocou. Coloquei-me imediatamente no lugar deles, e concluí que não seria capaz de me equilibrar, e que sem nenhuma dúvida me despencaria de lá. Porém, quando o caminhão arrancou e virou bruscamente para direita, imediatamente, tomei uma decisão, não era meu trajeto, mas resolvi segui-lo. Não por curiosidade, mas por preocupação, queria assistir mais um pouco a este filme de terror. Como se devesse fazer alguma coisa, para ajuda-los, eu prossegui atrás deles.
Não tardou, e o motorista parou o caminhão. Os dois garis desceram e apanharam alguns sacos de lixo, e mal colocaram os sacos no caminhão, este arrancou, e eles tiveram que apressar os passos, pular e se agarrar nos estribos. Depois, observei que quando um veículo ultrapassava o caminhão, o pó subia e se espalhava, atingindo, em cheio, os garis. Num momento, um deles se segurou no caminhão com apenas uma das mãos, porque com a outra esfregava os olhos, que provavelmente, fora atingido pela poeira. E, ele queria desobstruí-lo e aliviar a dor.
Compreendi que algo estava muito errado. Pesquisando sobre a categoria dos garis, em trabalhos jornalísticos e acadêmicos, constatei que esses trabalhadores, que executam tão indispensável função, estão sujeitos a péssimas condições de trabalho. Porque no processo da coleta do lixo, estão presentes muitos agentes nocivos à saúde. Por exemplo, o mau odor dos resíduos que podem provocar náuseas e cefaleias. O ruído do trânsito e da compactação dos resíduos, que podem afetar a audição, e causar tensão nervosa, estresse e hipertensão arterial. A exposição ao sol que sem o protetor solar, pode dar início a um câncer de pele. Entre outros, a poeira é uma perigosa vilã, que além do desconforto, pode levar à perda da visão. Devido ao fato, que os garis tentam limpar os olhos, sem a devida assepsia das mãos. E, ainda correndo o risco de cair do caminhão da limpeza pública.
Não obstante, o correto seria que os garis fossem transportados na cabine, junto do motorista. Entretanto, isto não está ocorrendo. Além disso, eles não estão utilizando os equipamentos de proteção individual, luvas, óculos, uniformes visíveis, etc, que devem ser fornecidos pelos patrões, de acordo com a NR4, norma que estabelece a obrigatoriedade das empresas públicas ou privadas de promover a saúde e proteger a integralidade do trabalhador, conforme artigo 162 da CLT. Contudo, notificamos o triste cotidiano destes trabalhadores, e esperamos as medidas cabíveis, porque que quedas dos veículos são comuns, e muitas vezes fatais.