THE Voice BRAZIL 
Por Carlos sena



A voz do Brasil dificilmente chega à Globo. Porque a voz dos simples, dos "sem" saúde, dos sem educação dos sem justiça, dos sem tudo, jamais chegará ao pais em horário nobre e caro de televisão. A voz dos sem ela  e sem vez tem chegado, com dificuldade, graças a pessoas e alguns políticos honrados que ainda restam. Mas isso já nos serve de alento diante de um imenso pais influenciado por uma emissora de televisão mais manipuladora do que se possa imaginar. O THE VOICE BRAZIL, a despeito dos bons candidatos já se prenuncia como um evento que manipula candidatos e resultados. Já há boatos nas redes sociais dessa evidência o que não causa surpresas. Afinal, o BIG BOSTA BRASIL não é um pouco disso? E, preparem-se que ele já está vindo. 
A verdadeira voz do Brasil não chega ali, onde aqueles candidatos chegaram. Porque os candidatos, a exceção da moça da Paraíba, eram possuidores de boa voz, mas eivados de sotaques estrangeiros e de tonalidades vocais americanizadas e gospel, como se essa fosse a recomendação do programa. Em determinados momentos as canções pareciam outras, tantos eram os "rebusques" dados pelos intérpretes, certamente, reforçados pela produção do programa. Daqueles quatro finalistas, certamente, Lucy, a paraibana, terá mais chances de não cair no esquecimento. Ela compõe, toca piano, sanfona, canta e dança... Os outros até onde sei só cantam e cantam bem, mas se perdem nas "muletas" musicais, nas piruetas que a goela alcança...
Há dúvidas que não houve manipulação dos resultados? Pode haver, mas não devia. Porque houve votação por telefone para a emissora faturar alto e fraturar as possibilidades das verdadeiras vozes do Brasil aparecerem. Pra não render muito nessa prosa, acho que Caetano, Gil, etc., jamais seriam conhecidos se naquela época houvesse um The Voice nos moldes de hoje... 
Enquanto as TVS regionais não se soltam das redes, as vozes do Brasil vão virando peixe miúdo para alguns "pescadores" de talentos. Afora isso, outras vozes vão calando por conta da seca, por conta da violência que nunca vira viola; por conta da vida que nunca sai na vitrola...