Pais e filhos
Quando temos um filho, tudo que fazemos por ele até certa idade ganhávamos em troca o mais puro e verdadeiro presente, o sorriso.
Quando bebê no banho por exemplo, a temperatura exata da água trazia frescor e algazarra e as brincadeiras nos deixavam encharcados e nem reclamávamos.
Na troca de roupas e fraldas, mais cócegas na barriguinha vinham acompanhadas de gargalhadas e calada por um basta de um soluço.
E na hora da papinha cada aviãozinho era uma história... Logo após o cochilo e a sujeira que deixava nos trazia um novo sorriso, sempre.
Quantos sorrisos idos e vindos...
Idos por nós, vindos de um filho.
Agora só de os pais olharem com severidade ganhas um olhar de atropelamento.
Olhares trocados, sem sorrisos.
O olhar duvidoso do filho não entende o outro que só querem ensinar, sem precisar passar por constrangimentos da vida querendo poupá-lo ou privá-lo de futuros sofrimentos.
Pais não podem fazer milagres, não pode ser Deus, mas passa o tempo todo implorando a ele que interceda.
Ensinamentos de geração em geração não caem na antiguidade, pelo contrario, fortificam, se completam com a atualidade do tempo.
Mas posso dizer com clareza que, pais, bons pais, nada fazem de melhor na vida há não ser amar os filhos, bons ou não.