COINCIDÊNCIA

Natal passado ganhei de presente um Kindle, e se ler é um hábito que me acompanha desde que aprendi a decifrar o código secreto das palavras, com o Kindle, a leitura ganhou facilidades imensas, e por isso, tenho lido muito mais.
Há três dias atrás, baixei dois livros, no meu Kindle, que além de ser muito prático, é econômico, pois os livros saem por um preço bem mais em conta.
 
Escolhi começar a ler o livro, que tem por título: Jardim de Inverno. Confesso que estou amando, nunca havia lido nada da autora: "Kristin Hannah". Sem dúvida será o primeiro de muitos que lerei dela. A escritora sabe como cativar e prender o leitor(a) a cada página.

Senti uma incrível empatia, por uma das personagens centrais do livro. Alguns sonhos e gostos dela, tem funda semelhança com alguns dos meus.
No livro, a personagem é formada em jornalismo, e ficou famosa como fotógrafa. Ela teve suas fotos, em capas da revista New York Times, e da National Geographic. Para tanto, ela passa sua vida, cobrindo acontecimentos trágicos, por lugares como: Sudão, Zimbábue, Afeganistão, Congo, Ruanda, Nepal, Bósnia.
Logo na apresentação dessa interessante personagem,  a encontramos fotografando restos do que foi um gorila, que teve a cabeça, as mãos, e os pés, cortados, pela insensibilidade e ganância de alguns seres chamados de humanos.
Mas, voltando ao que chamei de empatia, a cada página que vou lendo sobre essa cativante personagem do livro, mais acolho em minha alma, o sonho de um dia viver um papel semelhante.
A leitura reforçou meu desejo, de vivenciar em alguma existência, (acredito na reencarnação) uma experiência parecida com a dela.
Senti, pontos de contato muito fortes entre a personagem, e alguns sonhos que almejo realizar um dia.
Igual a ela, amo viajar. E a ideia de estar um dia aqui, outro acolá, em nada me assusta, ao contrário me estimula.
Outro ponto de contato, com a personagem: tenho muito gosto pelo trabalho humanitário, e nessa vida, há três décadas atuo em vários setores, (e de alguma forma é o que a jornalista/fotógrafa do livro faz, em seu trabalho pelo mundo) e por último o gosto pela arte da fotografia.
Na personagem, essa arte, é algo amadurecido, uma profissional de primeira linha, reconhecida no mundo todo. No meu caso uma principiante, apenas engatinhando. Mas, para tudo na vida, há sempre um começo.

Ontem, na ceia de natal, eu me sentia contagiada pela leitura do livro. A vida errante, o amor dedicado a arte de fotografar, e as causas humanitárias, da personagem grudaram em mim, assim como goma de mascar em vestido de seda.
O interessante ocorreu, na hora de abrir os presentes que estavam debaixo da árvore de natal, no apartamento de meu filho e nora.
Em dado momento, meu filho pega um pacote de tamanho médio, com uma atraente embalagem e me diz: "Mãe, esse presente é pra você, penso que ele estará sempre ao alcance de suas mãos."
Ao abrí-lo, veio a alegre surpresa de haver ganho algo que raramente estará separado de mim: uma câmera fotografica, com enes recursos. Alías, penso que, meu grande desafio será aprender a manejá-la, usando tudo que ela pode oferecer a quem gosta de fotografar. Ela é pequena no tamanho e imensa em recursos.

Achei uma incrível coincidência, entre o presente e a empatia que a personagem do livro vem causando em mim.
E não pude deixar de sentir-me um pontinho (minúsculo) mais próxima dela.
Tenho certeza, que tudo começa em nossos sonhos.
E se soubermos alimentá-los, eles se transformarão em ideais, que podem levar  (quem sabe?) algumas vidas para serem concretizados. Porém, se encontrarem ecos verdadeiros dentro de nós, um dia se realizarão.
Lenapena
Enviado por Lenapena em 26/12/2013
Reeditado em 26/12/2013
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