JOÃO BOBO, TOLO DE TUDO, TOLO DE TODOS
Ia e vinha, vinha e voltava.
Ao sabor dos murros que tomava.
Sua alegria, inútil, era dar alegria a quem lhe batia.
João Bobo.
Bobo João.
João Bobo cansou de apanhar.
Der ir e vir, sem ver o mar.
Bobo João cansou.
Quando o menino do vizinho,
Chegou com o prego na mão,
Pra lhe furar os pés de plástico,
Não mediu palavras:
-- Vai tomar ...
O menino do vizinho não se intimidou com o berro improvável.
João Bobo murchou em paz.