JOÃO BOBO, TOLO DE TUDO, TOLO DE TODOS

Ia e vinha, vinha e voltava.

Ao sabor dos murros que tomava.

Sua alegria, inútil, era dar alegria a quem lhe batia.

João Bobo.

Bobo João.

João Bobo cansou de apanhar.

Der ir e vir, sem ver o mar.

Bobo João cansou.

Quando o menino do vizinho,

Chegou com o prego na mão,

Pra lhe furar os pés de plástico,

Não mediu palavras:

-- Vai tomar ...

O menino do vizinho não se intimidou com o berro improvável.

João Bobo murchou em paz.

Orlando Silveira
Enviado por Orlando Silveira em 23/12/2013
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