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A vida em stand-by, é Natal...
A vida em stand-by, é Natal...
O corre-corre é grande. Não bastasse o estresse da rotina no trânsito, nesse período parece que o mundo vai acabar e não apenas o ano civil. Começo a discordar aí, afinal como diz Drummond quem resolveu cortar o tempo em fatias? Assim como ele, também penso, que o tempo está sendo, independente de virar a página do calendário ou não...
Mas, voltando ao corre-corre do Natal, fico a observar... Observo os de perto, observo os de mais longe no movimento absurdo da sociedade, enfim, observo...
Para alguns, tempo de nostalgia e a depressão se instala sem convite, apesar dos apelos incessantes da mídia impondo um sentimento único: a ditadura da alegria, ou seja, todos e todas têm que sorrir...
O comércio fica com o lucro, ainda mais... pois, a compensação material tenta suprir os esfrangalhos da alma. E a gente compra, compra e compra... para pagar, dá-se um jeito, desdobra-se em cartão, pré-datado, crédito minuto, enfim...
As casas devem ser iluminadas... a gente põe luzes e luzes no exterior, enquanto no interior, escuros insistem em assombrar...
Mas, os hábitos e a tradição exigem e, muito embora tente-se resistir a padrões preestabelecidos, acaba-se por render-se, deixando em segundo plano as dificuldades pessoais ou familiares. A ordem é esquecer a realidade para viver o momento mágico do Natal, reunir a família e presentear. Afinal, todos devem reunir-se, todos têm que festejar e todo mundo tem que estar feliz.
Cada vez observo com mais dúvidas...
Se houve Natal um dia, desconfio que a mensagem tenha sido outra...
Independente da fé, desconfio que o verdadeiro sentido do Natal, seja o amor.
O amor para com a vida e para com os seres humanos, não um amor ingênuo, desprovido de cumplicidade, mas um amor comprometido com a vida e vida digna para todas as pessoas, se assim também concebes o Natal, feliz Natal pra ti também...