POR QUE ABANDONEI O TABAGISMO?

Só pelo fato de saber do malefício do cigarro? Não. Pois antes mesmo de por o primeiro na minha boca eu já sabia desta verdade. Mas, apesar de demorar tanto tempo (40 anos!) para tomar esta decisão, várias vezes pensei, ensaiei em fazer isto, ou seja, parar de vez de fumar cigarros tradicionais. Incluindo que, inúmeras vezes participei de palestras sobre este famigerado assunto - tabagismo - e apesar de sair delas com a consciência pesada por saber do mal que eu estava fazendo ao meu corpo, mesmo assim, continuei com o tal vício e sempre postergando parar com ele. Sem falar nas várias advertências verbais dos médicos, além das leituras de reportagens, folhetos, livros sobre o malefício que o cigarro provoca e além de assistir DVDs, filmes, documentários etc. Mesmo assim, durante todos estes anos persisti em continuar com este vício pecaminoso e sempre após um café.

Durante este longo tempo, ressalto que fiquei, aproximadamente, dois meses sem por um cigarro na boca. E nem vontade tive, mas por motivo justo, ou seja, quando fui acometido por uma anemia crônica, chegando inclusive a ser internado durante 15 dias. Apesar desta internação hospitalar não ter tido nenhuma correlação direta com o tabagismo, durante a mesma cheguei a pensar seriamente em colocar um ponto final neste vício asqueroso. Mas, pelo visto, só pensei enquanto estive acamado. Pois tão logo o meu paladar voltou ao normal, juntamente com a minha saúde restabelecida, pouco a pouco, fui acendendo um cigarro aqui outro ali e assim por diante.

Por outro lado, não me lembro de quantas e quantas vezes programei parar só através do pensamento, naquelas datas famosas e propícias para se começar uma vida nova, como por exemplo; Natal, Ano Novo, aniversário, dias dos pais, nascimento de um filho ou neto etc. Mas nada disto realmente funcionou. Sempre ficava aquela história: a promessa implodia sempre na véspera deste tal dia raiar. E assim o tempo foi passando e sempre reprogramando e pensando em dar um basta neste vício do cigarro.

Mesmo com o aumento abusivo do preço de cada maço e as medidas do governo, através das autoridades estaduais e municipais, vetando fumar em locais fechados e frequentado por muitas pessoas, dificultando, consequentemente a ação dos tabagistas, continuei assim como os outros milhões de teimosos obstinados no cigarro a poluir o ar e o próprio pulmão, sem falar no incômodo que este vício causa a terceiros.

Mas eis que agora, numa data comum do calendário - 20 de Dezembro de 2013 resolvi parar com isto e concluí que posso provar a mim mesmo o que é melhor para o meu corpo, a minha saúde. E tomei esta súbita decisão quando percebi através do olhar inocente da minha netinha de apenas três anos, uma reprovação acompanhada de uma palavrinha mágica quando assim falou quando ela viu eu acendendo um cigarro na rua:

-Ah vô...que nojo!

Esta sutil, mas prodigiosa expressão infantil foi mais providencial do que tudo que eu li, vi e ouvi sobre o malefício do tabagismo. Fumaça agora só de alguma churrasqueira quando estiver assando aquele delicioso churrasco.

Obrigado, minha neta! Deus lhe abençoe!

Joboscan

JOBOSCAN
Enviado por JOBOSCAN em 22/12/2013
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