MEUS QUINZE MINUTOS DE FAMA...
A vida é feita, segundo os entendidos, de pequenos e espaçados momentos de felicidade. Mas isso é compreensível, pois se ocorresse o contrário e esses momentos fossem constantes, com certeza, não seriam distintos e não se configurariam como lembranças guardadas como saudades.
Seguindo, pois, dentro de um raciocínio lógico e/ou doutrinário, o dualismo do nosso universo é formado sempre por dois princípios irredutíveis – necessários e opostos – que dão o equilíbrio necessário para que possamos compreender e detectar, em nosso âmago, essa sensação de prazer pessoal, visceral, que nos leva ao êxtase pessoal ou profissional.
Por isso é que, quando isso acontece, o momento se torna valioso, inesquecível, classificado como extraordinário e, no seu final, dito “como a coisa mais importante já acontecida na sua vida”.
Senão vejamos alguns exemplos desses momentos: quando nos formamos cidadãos, quando conseguimos – através do primeiro emprego – o primeiro salário, quando encontramos a pessoa amada e nos casamos, quando nascem os filhos e quando comemoramos, em família, o Natal de Jesus Cristo. São momentos inesquecíveis, que nos fazem bem, que nos deixam plenos e que são recordados a vida inteira em nossos momentos de saudades.
Tenho tido, particularmente, o prazer de experimentar esses momentos em várias ocasiões de minha vida – talvez nem mais nem menos que a maioria –, porém, em todas elas, o sentimento que me envolve é tanto que a felicidade chega a transbordar e, imagino – diante da minha alegria –, inunda quem está por perto e produz, com isso, felicidade para todos nós, pois a felicidade (alegria, beleza, sorte) não pode ser exclusiva de uma pessoa e, sim, deve ser partilhada entre todos. E quando isso acontece em sociedade, chamamos, popularmente, de bem comum.
E eles, todas as vezes em que acontecem, me deixam emocionado. Assim foi quando nasceram os meus filhos: foram momentos indescritíveis, de rara beleza, que fiz questão de dividir com os meus. Da mesma forma, quando fui promovido no emprego e quando comprei o meu primeiro automóvel – todo homem encara isso como um momento distinto, de suma importância em sua vida pessoal.
E quando eu descobri, já na fase madura, que me realizava como educador e que a sala de aula é o meu habitat natural, eu confesso que, dentre os meus bons momentos já vividos, este é, sem sombra de dúvidas, da pasta top 10.
E foi dentro da arte de educar que eu passei a ter, com mais frequência, esses momentos de puro arrebatamento. Ver o resultado daquilo que você repassou/mediou/construiu/facilitou, perceber que você fez a diferença na vida de uma pessoa; conseguir, através do conhecimento e da experiência, formar cidadãos para a nossa sociedade é, em tudo que possa ser imaginado, a melhor coisa do mundo!
E foi assim, por meio da vocação de motivar/mobilizar os jovens e fazê-los conscientes, de seus deveres sociais e profissionais, que eu adentrei ao mundo literário, levado pelo meu amigo Mário Gérson e consegui, num pequeno intervalo de tempo, vários momentos felizes. Todos catalogados entre os favoritos.
Destes todos, o último é sempre o mais saboroso de se recordar. E este veio num sábado por volta das 09h, no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte – IFRN. Explico:
Quatro semanas atrás, a professora Luzia Rosado – mestra de todos nós – ligou para mim e me falou que estava participando de uma formação continuada, no referido instituto, e que a professora de Linguística trabalhava com textos meus. É claro que fiquei surpreso e, ao mesmo tempo, envaidecido por tamanha primazia. Mas ela nem me deixou saborear o primeiro momento de felicidade e já foi me dando o segundo momento: a professora queria a minha presença em sua sala de aula.
Queria que todos tivessem esse contato com o autor, por sinal, conterrâneo deles todos e, com isso, soubessem do próprio sobre o prazer de ensinar. Agora, as coincidências da vida: a professora Luzia Rosado me conhecia desde sempre, pois sempre fomos vizinhos – casas lado a lado.
E eu fui. Fui e me encantei. A professora Leonor de Araújo Bezerra Oliveira é dessas mestras que são raras no ato de ensinar. A sua dinâmica de aula é permeada pela criatividade, pelo bom humor e pelas doses motivadoras e eficazes do pensamento cognitivo e, principalmente, pela sua humildade vocacional.
Sim. Ela já tinha sido minha mestra. Lembram-se da mais recente mudança ortográfica? Pois é... Foi ela quem nos ensinou – a mim e a uma centena de professores – a migrar, sem muitas turbulências, para as águas mansas do novo tratado ortográfico.
E ela fez-me, naquele momento em especial, a pessoa mais gratificada do mundo. Com o gesto de partilhar o bem comum, ela pôde proporcionar – a mim e aos presentes – aquilo que deve ser praxe entre todos: reconhecer no outro os valores que sabemos em nós mesmos.
Obrigado, professora Leonor. A educação se faz mais rica com essa troca de experiências. Inegavelmente, a cultura se agiganta quando tornamos o livro a base de nossas reflexões e quando as pessoas passam a reconhecer, no seu semelhante, o elemento de transformação que precisamos para que o santo de casa faça, verdadeiramente, o milagre, igualmente ao que esse contato – que a senhora idealizou – o fez.
A vida é feita, segundo os entendidos, de pequenos e espaçados momentos de felicidade. Mas isso é compreensível, pois se ocorresse o contrário e esses momentos fossem constantes, com certeza, não seriam distintos e não se configurariam como lembranças guardadas como saudades.
Seguindo, pois, dentro de um raciocínio lógico e/ou doutrinário, o dualismo do nosso universo é formado sempre por dois princípios irredutíveis – necessários e opostos – que dão o equilíbrio necessário para que possamos compreender e detectar, em nosso âmago, essa sensação de prazer pessoal, visceral, que nos leva ao êxtase pessoal ou profissional.
Por isso é que, quando isso acontece, o momento se torna valioso, inesquecível, classificado como extraordinário e, no seu final, dito “como a coisa mais importante já acontecida na sua vida”.
Senão vejamos alguns exemplos desses momentos: quando nos formamos cidadãos, quando conseguimos – através do primeiro emprego – o primeiro salário, quando encontramos a pessoa amada e nos casamos, quando nascem os filhos e quando comemoramos, em família, o Natal de Jesus Cristo. São momentos inesquecíveis, que nos fazem bem, que nos deixam plenos e que são recordados a vida inteira em nossos momentos de saudades.
Tenho tido, particularmente, o prazer de experimentar esses momentos em várias ocasiões de minha vida – talvez nem mais nem menos que a maioria –, porém, em todas elas, o sentimento que me envolve é tanto que a felicidade chega a transbordar e, imagino – diante da minha alegria –, inunda quem está por perto e produz, com isso, felicidade para todos nós, pois a felicidade (alegria, beleza, sorte) não pode ser exclusiva de uma pessoa e, sim, deve ser partilhada entre todos. E quando isso acontece em sociedade, chamamos, popularmente, de bem comum.
E eles, todas as vezes em que acontecem, me deixam emocionado. Assim foi quando nasceram os meus filhos: foram momentos indescritíveis, de rara beleza, que fiz questão de dividir com os meus. Da mesma forma, quando fui promovido no emprego e quando comprei o meu primeiro automóvel – todo homem encara isso como um momento distinto, de suma importância em sua vida pessoal.
E quando eu descobri, já na fase madura, que me realizava como educador e que a sala de aula é o meu habitat natural, eu confesso que, dentre os meus bons momentos já vividos, este é, sem sombra de dúvidas, da pasta top 10.
E foi dentro da arte de educar que eu passei a ter, com mais frequência, esses momentos de puro arrebatamento. Ver o resultado daquilo que você repassou/mediou/construiu/facilitou, perceber que você fez a diferença na vida de uma pessoa; conseguir, através do conhecimento e da experiência, formar cidadãos para a nossa sociedade é, em tudo que possa ser imaginado, a melhor coisa do mundo!
E foi assim, por meio da vocação de motivar/mobilizar os jovens e fazê-los conscientes, de seus deveres sociais e profissionais, que eu adentrei ao mundo literário, levado pelo meu amigo Mário Gérson e consegui, num pequeno intervalo de tempo, vários momentos felizes. Todos catalogados entre os favoritos.
Destes todos, o último é sempre o mais saboroso de se recordar. E este veio num sábado por volta das 09h, no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte – IFRN. Explico:
Quatro semanas atrás, a professora Luzia Rosado – mestra de todos nós – ligou para mim e me falou que estava participando de uma formação continuada, no referido instituto, e que a professora de Linguística trabalhava com textos meus. É claro que fiquei surpreso e, ao mesmo tempo, envaidecido por tamanha primazia. Mas ela nem me deixou saborear o primeiro momento de felicidade e já foi me dando o segundo momento: a professora queria a minha presença em sua sala de aula.
Queria que todos tivessem esse contato com o autor, por sinal, conterrâneo deles todos e, com isso, soubessem do próprio sobre o prazer de ensinar. Agora, as coincidências da vida: a professora Luzia Rosado me conhecia desde sempre, pois sempre fomos vizinhos – casas lado a lado.
E eu fui. Fui e me encantei. A professora Leonor de Araújo Bezerra Oliveira é dessas mestras que são raras no ato de ensinar. A sua dinâmica de aula é permeada pela criatividade, pelo bom humor e pelas doses motivadoras e eficazes do pensamento cognitivo e, principalmente, pela sua humildade vocacional.
Sim. Ela já tinha sido minha mestra. Lembram-se da mais recente mudança ortográfica? Pois é... Foi ela quem nos ensinou – a mim e a uma centena de professores – a migrar, sem muitas turbulências, para as águas mansas do novo tratado ortográfico.
E ela fez-me, naquele momento em especial, a pessoa mais gratificada do mundo. Com o gesto de partilhar o bem comum, ela pôde proporcionar – a mim e aos presentes – aquilo que deve ser praxe entre todos: reconhecer no outro os valores que sabemos em nós mesmos.
Obrigado, professora Leonor. A educação se faz mais rica com essa troca de experiências. Inegavelmente, a cultura se agiganta quando tornamos o livro a base de nossas reflexões e quando as pessoas passam a reconhecer, no seu semelhante, o elemento de transformação que precisamos para que o santo de casa faça, verdadeiramente, o milagre, igualmente ao que esse contato – que a senhora idealizou – o fez.
Professora leonor Oliveira - IFRN - e a turma de Linguística Textual.
Professora de Linguística Textual Leonor Oliveira - IFRN
Meus quinze minutos de fama...