O Natal
Sobre o Velho e Querido Natal foi, é e sempre será um tema muito agradável para se escrever.
O meu Natal começou, para ser honesto, em 1940. Pois dos outros anteriores lembro-me apenas vagamente. Em 1940 eu tinha 6 anos e havia pedido um monte de coisas ao papai Noel.
Porém, quando o dia 25 de dezembro de 1940 amanheceu passei a mão em baixo da cama, pois era lá que, por tradição, o “bom velhinho” deixava os presentes ao lado de uma caixa de sapatos onde púnhamos capim para suas renas, e lá encontrei meu presente: uma bola vermelha que a metade era verde.
Ela tinha um cheiro tão gostoso que eu a agarrei e fui olhar a rua, pela janela de casa. Mas chovia muito e através da janela, com os seus vidros enormes, quadrados, fiquei agarrado ao meu presente vendo a chuva cair e as gotas de chuva que pareciam soldadinhos de chumbo. E eu segurei tão firme a minha bola que o seu verniz entrou por toda a minha vida.
Quem disser que saudade não tem cheiro nunca teve uma bola vermelha que a metade era verde.
Enquanto existirem pessoas sonhadoras e com o pensamento voltado ao bem estar de seus semelhantes sempre haverá Natal.
Boas Festas e um Feliz Natal a todos.