CRÔNICA – A partida de Reginaldo Rossi – 20.12.2013
CRONICA – A partida de Reginaldo Rossi – 20.12.2013
Não foi surpresa para mim a morte prematura do cantor Reginaldo Rossi, apelidado de “Rei do Brega”, assim com jeito de depreciação, embora neste país a única coisa que faz sucesso seja justamente essa, a “brega”, que pra mim tem sinônimo de popular, de simples, palpável, facilmente absorvível, mas que a chamada “elite” teima em desclassificar. Sou um brega incorrigível, mas estou sentindo que os cantores antigos estão viajando para outros planos, deixando ao nosso dispor seus sucessos em discos, fitas, DVDs, que vão dando para o gasto, isso pra quem não quer se sujeitar ao modismo de hoje, que nada tem no balaio, com raríssimas exceções.
E não me surpreendeu de minha parte porque todas as vezes que o estado de saúde de alguém de renome que está internado num hospital, e que só se tem notícias dele através de boletins médicos, algo me sinaliza que as coisas não andam bem. Reparem que quando um boletim traz um texto mais ou menos assim: “Houve uma pequena melhora, o paciente está bem, mas respira por aparelhos, está intubado e sedado, não havendo previsão de saída da UTI”; geralmente o final nunca é feliz, a morte está próxima, até porque desse jeito não se vivia, mas apenas vegetava.
Somente quem não tem noção das coisas pode acreditar que o sujeito está fora de perigo, e estará sim se Deus e somente Ele cobrir com o seu Manto Sagrado o enfermo, como, aliás, já fizera comigo em algumas oportunidades. Não quero dizer com isso que o nosso Reginaldo Rossi, conhecido até no exterior, não tenha recebido a proteção do Mestre, mas que a sua partida já tinha a data certa, seu prazo de validade previamente estipulado. Claro que deixa saudades, pois era muito popular, suas músicas sempre foram sucesso, umas mais que outras, sendo aquela do “Garçom”, de sua autoria, a que mais tocou nas paradas do país inteiro, valorizando a profissão desse ser quase sempre esquecido, cuja letra é assim, e tudo é extremamente verdadeiro:
Autor: Reginaldo Rossi:
“Garçom
Aqui, nessa mesa de bar
Você já cansou de escutar
Centenas de casos de amor.
Garçom
No bar todo mundo é igual
Meu caso é mais um, é banal
Mas preste atenção, por favor,
Saiba que o meu grande amor
Hoje vai se casar
Mandou uma carta pra me avisar
Deixou em pedaços meu coração
E pra matar a tristeza
Só mesa de bar
Quero tomar todas
Vou me embriagar
Se eu pegar no sono
Me deite no chão
Garçom, eu sei
Eu estou enchendo o saco
Mas todo bebum fica chato
Valente, e tem toda a razão.
Garçom, mas eu
Eu só quero chorar
Eu vou minha conta pagar
Por isso eu lhe peço atenção.
Saiba que o meu grande amor
Hoje vai se casar
Mandou uma carta pra me avisar
Deixou em pedaços meu coração
E pra matar a tristeza
Só mesa de bar
Quero tomar todas
Vou me embriagar
Se eu pegar no sono
Me deite no chão
Saiba que o meu grande amor
Hoje vai se casar
Mandou uma carta pra me avisar
Deixou em pedaços meu coração
E pra matar a tristeza
Só mesa de bar
Quero tomar todas
Vou me embriagar
Se eu pegar no sono
Me deite no chão”
“Garçom
Aqui, nessa mesa de bar
Você já cansou de escutar
Centenas de casos de amor.
Garçom
No bar todo mundo é igual
Meu caso é mais um, é banal
Mas preste atenção, por favor,
Saiba que o meu grande amor
Hoje vai se casar
Mandou uma carta pra me avisar
Deixou em pedaços meu coração
E pra matar a tristeza
Só mesa de bar
Quero tomar todas
Vou me embriagar
Se eu pegar no sono
Me deite no chão
Garçom, eu sei
Eu estou enchendo o saco
Mas todo bebum fica chato
Valente, e tem toda a razão.
Garçom, mas eu
Eu só quero chorar
Eu vou minha conta pagar
Por isso eu lhe peço atenção.
Saiba que o meu grande amor
Hoje vai se casar
Mandou uma carta pra me avisar
Deixou em pedaços meu coração
E pra matar a tristeza
Só mesa de bar
Quero tomar todas
Vou me embriagar
Se eu pegar no sono
Me deite no chão
Saiba que o meu grande amor
Hoje vai se casar
Mandou uma carta pra me avisar
Deixou em pedaços meu coração
E pra matar a tristeza
Só mesa de bar
Quero tomar todas
Vou me embriagar
Se eu pegar no sono
Me deite no chão”
Vá meu caro, deite no chão frio e tristonho da sepultura, mas saiba que você foi a alegria de muita gente por este país afora, na maioria delas pessoas humildes como você, que nada tinha de orgulhoso, sabia de suas origens e seu destino. Quando Deus nos chama é porque o nosso ciclo já passou e haverá uma nova missão pra todos nós em outros mundos.
Vou ficando por aqui.
Foto: GOOGLE/INTERNET
Ansilgus