Morre o amado cantor brega
Garçom, no bar, todo mundo é igual.
Meu caso é mais um, é banal.
Reginaldo Rossi
1. Os cantores bregas sempre estiveram presentes na minha radiola e vivos na minha lembrança. Desde sempre, os ouço; os aplaudo; os respeito.
2. Assim era, por exemplo, com o Wando e com o Waldick Soriano; assim é, por exemplo, com o Amado Batista e o Odair José. Assim era com o Reginaldo Rossi, o amado cantor brega, que acaba de nos deixar.
3. Reginaldo morreu hoje, dia 20 de dezembro de 2013, aos 69 anos, no Recife, onde nasceu, em 14 de fevereiro de 1944, abatido por um cancer que atingiu, sem dó nem piedade, seu velho pulmão.
4. O pulmão que, ao longo de sua vida, foi, ostensivamente, maltratado pelo cigarro e pela bebida. Tomou todas e tragou a beça.
5. Bebendo e fumando, Reginaldo conquistava e encantava seus fãs cantando, com sua voz nasalada, Mon Amour, Meu Bem, Ma Femme, de onde extraí estas estrofes:
Nesse corpo meigo e tão pequeno
Há uma espécie de veneno
Bem gostoso de provar.
Como pode haver tanto desejo
Nos seus olhos, nos seus beijos
No teu jeito de abraçar...
................................
E foi com isso
Que voce me conquistou
Com esse jeito de menina
E esse gosto de mulher
E nada existe em você
Que eu não ame
Sou metade sem você
Mon Amour! Meu Bem! Ma Femme!
6. Bebendo e fumando, Reginaldo conquistava e encantava seus fãs cantando A Raposa e as Uvas, de onde extraí estes versos:
Lembro com muita saudade
Daquele bailinho
Onde a gente dançava
Bem agarrtadinho
Onde a gente ia mesmo
Era se abraçar.
........................
Você com laquê no cabelo
E um vestido rodado
E aquelas anáguas
Com tantos babados
E você se sentava
Só pra me mostrar.
.............................
Quando a orquestra
Tocava "Bèsame Mucho"
Eu lhe apertava
E olhava seu busto
Dentro do corpete
Querendo pular...
7. Nada de lágrimas no seu enterro. Unam-se os seus fãs, e, à beira do seu túmulo, cantem Garçom, um dos seus maiores sucessos: uma espécie de hino nacional dos que, na bebida, nos bares da vida, tentam curar suas dores-de-corno.
8. Com a morte do Reginaldo Rossi, cantor e compositor honesto, autêntico, a música popular brasileira vai perdendo o que ainda lhe resta da boa e bonita música brega. Faz pena! Tchau, Reginaldo!
Garçom, no bar, todo mundo é igual.
Meu caso é mais um, é banal.
Reginaldo Rossi
1. Os cantores bregas sempre estiveram presentes na minha radiola e vivos na minha lembrança. Desde sempre, os ouço; os aplaudo; os respeito.
2. Assim era, por exemplo, com o Wando e com o Waldick Soriano; assim é, por exemplo, com o Amado Batista e o Odair José. Assim era com o Reginaldo Rossi, o amado cantor brega, que acaba de nos deixar.
3. Reginaldo morreu hoje, dia 20 de dezembro de 2013, aos 69 anos, no Recife, onde nasceu, em 14 de fevereiro de 1944, abatido por um cancer que atingiu, sem dó nem piedade, seu velho pulmão.
4. O pulmão que, ao longo de sua vida, foi, ostensivamente, maltratado pelo cigarro e pela bebida. Tomou todas e tragou a beça.
5. Bebendo e fumando, Reginaldo conquistava e encantava seus fãs cantando, com sua voz nasalada, Mon Amour, Meu Bem, Ma Femme, de onde extraí estas estrofes:
Nesse corpo meigo e tão pequeno
Há uma espécie de veneno
Bem gostoso de provar.
Como pode haver tanto desejo
Nos seus olhos, nos seus beijos
No teu jeito de abraçar...
................................
E foi com isso
Que voce me conquistou
Com esse jeito de menina
E esse gosto de mulher
E nada existe em você
Que eu não ame
Sou metade sem você
Mon Amour! Meu Bem! Ma Femme!
6. Bebendo e fumando, Reginaldo conquistava e encantava seus fãs cantando A Raposa e as Uvas, de onde extraí estes versos:
Lembro com muita saudade
Daquele bailinho
Onde a gente dançava
Bem agarrtadinho
Onde a gente ia mesmo
Era se abraçar.
........................
Você com laquê no cabelo
E um vestido rodado
E aquelas anáguas
Com tantos babados
E você se sentava
Só pra me mostrar.
.............................
Quando a orquestra
Tocava "Bèsame Mucho"
Eu lhe apertava
E olhava seu busto
Dentro do corpete
Querendo pular...
7. Nada de lágrimas no seu enterro. Unam-se os seus fãs, e, à beira do seu túmulo, cantem Garçom, um dos seus maiores sucessos: uma espécie de hino nacional dos que, na bebida, nos bares da vida, tentam curar suas dores-de-corno.
8. Com a morte do Reginaldo Rossi, cantor e compositor honesto, autêntico, a música popular brasileira vai perdendo o que ainda lhe resta da boa e bonita música brega. Faz pena! Tchau, Reginaldo!