DESARREANDO A TROPA
Terminando a travessia de 2013 está na hora de desarrear a tropa, diminuir o ritmo e fazer reflexões sobre o que se passou e sonhar com o por vir.
Neste final de ano singrei os mares de Minas, sim, Minas tem mares, um mundão de montanhas, Serra da Mantiqueira, Serra da Canastra, Serra do Serro, Serra do Curral. Subi e desci montanhas zig-zagueando como os surfistas nas descidas e como os burros nas subidas em pastos montanhosos.
Sonhei entrar em 2014 aposentado, amarelei ao pensar o que fazer com tanto tempo disponível, vi colegas aposentarem e voltar a ativa pouco depois ao receber o primeiro pagamento com bruscas reduções. Vou empurrar esta decisão um pouco para frente.
Entre as atividades planejadas, pensei em voltar a ser agrimensor, profissão que desenvolvi dos 17 aos 25 anos, gostei deste tempo, mas falta energia física para exercê-la. Quis ser melicultor, quis montar uma tropa de muares para fazer cavalgadas nestas montanhas de Minas, falta-me experiência, vou participar de algumas para melhor conhecer.
Escrever só por diletantismo, não dá dinheiro, só para um Paulo Coelho aqui no Brasil, parabéns para ele.
Felizmente não preciso desenvolver atividades para ganhar a vida, escolhi as pernas certas das encruzilhadas para garantir-me uma aposentadoria tranquila, mas isto não é garantia de felicidade.
Onde está ela? De repente em ajudar os desassistidos, ir para comunidades carentes, ajudar escolas deficientes. Fazer diferença para o bem.
Aceito sugestões.
Bons anos por vir, que 2014 seja pior do que 2015, mas muito melhor do que 2013, para todos nós brasileiros e navegantes desta nave terra mãe.