EM COMUNHÃO COM A PAISAGEM
Ela caiu por toda noite, deixando o solo alvo e brilhante.
Silenciosa, calma, diferente das trovoadas tropicais, ela me parece tímida, não se exibe feito os raios que riscam os céus nos temporais.
Avisto o cenário, e ele me lembra um cartão de natal, aqueles que ficavam ao pé do pinheiro de natal na sala de estar da casa de meus avós.
O relógio marca 8:22, e no imenso gramado, hoje tingido de branco, avisto dezenas de meninos a jogar hóquei, vestidos com trajes próprios, parecem totalmente indiferentes ao frio.
Gaivotas voam serenas, como se os termômetros marcassem uma temperatura super agradável, singram os ares, em busca de alimento. Da minha janela, fico torcendo para que elas encontrem. Aqui, não posso alimentar as aves como faço costumeiramente quando estou em minha casa.
As embarcações navegam por entre as brumas do imenso rio.
Com a temperatura abaixo de zero, singram as águas com mais cautela, os faróis seguem acesos, mesmo com a luz do dia.
As águas do rio continuam a deslizar, plácidas, alheias a neve que cai sobre elas, deixando-as muito geladas.
Meus olhos alcançam ainda, as árvores do parque, que fica logo abaixo de minha janela, e percebo que, delas só restaram raízes, caules e galhos, as folhas e flores, perderam-se nesse rigoroso inverno.
O encanto de uma estação gelada, está principalmente, na introspecção, que ela nos convida a fazer.
Minutos atrás, eu em estado meditativo, senti-me volitar em espírito, por sobre a alva paisagem.
Pequei carona com uma gaivota e senti-me tal qual ela.
Liberta do peso da roupagem física, vivenciei uma liberdade deliciosa, só quebrada quando vi-me sobrevoando as águas profundas do rio. Com medo, despertei do transe e busquei refúgio no corpo amigo, onde me abriguei.
Há poesia, encanto, beleza, magia na neve que cai.
Pra tudo há de se ter olhos pra ver.
(Imagem: Lenapena- foto tirada hoje, logo pela manhã)
Ela caiu por toda noite, deixando o solo alvo e brilhante.
Silenciosa, calma, diferente das trovoadas tropicais, ela me parece tímida, não se exibe feito os raios que riscam os céus nos temporais.
Avisto o cenário, e ele me lembra um cartão de natal, aqueles que ficavam ao pé do pinheiro de natal na sala de estar da casa de meus avós.
O relógio marca 8:22, e no imenso gramado, hoje tingido de branco, avisto dezenas de meninos a jogar hóquei, vestidos com trajes próprios, parecem totalmente indiferentes ao frio.
Gaivotas voam serenas, como se os termômetros marcassem uma temperatura super agradável, singram os ares, em busca de alimento. Da minha janela, fico torcendo para que elas encontrem. Aqui, não posso alimentar as aves como faço costumeiramente quando estou em minha casa.
As embarcações navegam por entre as brumas do imenso rio.
Com a temperatura abaixo de zero, singram as águas com mais cautela, os faróis seguem acesos, mesmo com a luz do dia.
As águas do rio continuam a deslizar, plácidas, alheias a neve que cai sobre elas, deixando-as muito geladas.
Meus olhos alcançam ainda, as árvores do parque, que fica logo abaixo de minha janela, e percebo que, delas só restaram raízes, caules e galhos, as folhas e flores, perderam-se nesse rigoroso inverno.
O encanto de uma estação gelada, está principalmente, na introspecção, que ela nos convida a fazer.
Minutos atrás, eu em estado meditativo, senti-me volitar em espírito, por sobre a alva paisagem.
Pequei carona com uma gaivota e senti-me tal qual ela.
Liberta do peso da roupagem física, vivenciei uma liberdade deliciosa, só quebrada quando vi-me sobrevoando as águas profundas do rio. Com medo, despertei do transe e busquei refúgio no corpo amigo, onde me abriguei.
Há poesia, encanto, beleza, magia na neve que cai.
Pra tudo há de se ter olhos pra ver.
(Imagem: Lenapena- foto tirada hoje, logo pela manhã)