Casarão
Depois de dois anos, retorno a publicar um romance, este curto, num total aproximado de noventa páginas.
Agrada-me a modalidade dos “shorts”. Não se tem tempo para ficar divagando ou escrevendo demais; é necessária concisão rigorosa, poder de síntese. O pecado de muitos romances que ficaram pelo meio do caminho talvez tenha sido este. Longos demais.
“Casarão” é obra cuidadosa, esta sim com objetivos para reflexão e crítica do autor sobre o comportamento humano passado e atual. Por abordar o dualismo, em várias facetas, obriga ao leitor uma participação ativa, participação própria, não induzida ou insinuada. Ou se toma uma posição diante do que está lendo, seja ela qual for, pró ou contra a narrativa, ou não terei alcançado meu objetivo.
Que ninguém pense se tratar de obra para “intelectuais”. Não é. Dirige-se ao homem comum, que muitas vezes passa muito tempo da sua vida sem interrogações necessárias. Igualmente, não é um existencialismo ‘sartriano’, ou de qualquer outra corrente de pensamento. Mesmo um adolescente pode compreendê-lo com facilidade.
E para um autor, já falei muito.