EU ACREDITO

Eu Acredito

14/12/13

Eu acredito este foi o ano da fé, do crer. Quem não se lembra durante a disputa pela Libertadores da torcida do Atlético bradando a plenos pulmões “Eu a cre di too, eu a cre di too,”e o mais importante é lembrarmos os momentos em que isto foi gritado: sempre no momento em que o desacreditar era mais fácil, naquele momento onde o objetivo ficava improvável beirando o impossível. E dentre as várias vezes em que tal impossibilidade era lógica uma se destacou a incrível defesa do goleiro Vitor no último momento de uma partida e de forma não usual uma defesa feita com o pé e não com as mãos, o que seria mais lógico.

Mas não estou aqui para escrever sobre o futebol, sobretudo porque meu time veste outras cores e dentre elas a cor que simboliza a esperança. O que quero pensar e fazer pensar é no “acreditar” é em ter “fé”. Quando falamos em fé geralmente pensamos em algo ligado a religião, as divindades, ao não material, ao não corpóreo, ao intangível. Mas fé e acreditar têm o mesmo significado, são sinônimos. Também é comum atribuirmos o acreditar ou a fé como algo direcionado ao outro, ou ao que está fora de nós, é aí que utilizando a dualidade de tudo que nos cerca que vou pela contramão e vou pensar no descrédito, na falta de fé. O que podemos esperar quando desacreditamos? Nada. Nosso descrédito é a afirmação do impossível, da incapacidade, do desistir, da renúncia, do vazio. Se assim é, o acreditar não é algo que está dirigido ao outro, não é algo que está fora, mas muito pelo contrário a fé é algo que está dentro, dentro de nós. A fé, primeiramente, é o autoacreditar. Se eu não acredito em mim, nada acontecerá, eu não acreditarei em nada, eu não serei, eu nada serei.

Há alguns anos ouvimos e convivemos cada vez mais com a depressão e o que é a depressão senão o desacreditar e nessa hora fica fácil vermos que este descrédito não é nos outros. É um descrédito, uma falta de fé em nós mesmos, e por não acreditarmos em nós não acreditamos em mais nada, nem em Deus.

Então a começar por mim e para todos aqueles que lerem este texto proponho que brademos:

EU A CRE DI TOOO, EU A CRE DI TOO EM MIM, pois só assim eu posso mover as montanhas.

Geraldo Cerqueira