Quem viver, vera!

Que se espera de um povo acostumado a viver as expensas de cestas básicas, vale gás, bolsa família e coisas afins? Sinto informar, mas vejo o futuro dessas pessoas (e o meu, pois queira ou não também estou nesse barco) com olhos pessimistas; um povo cevado com esse tipo de “beneficio” é incapaz de entender que sua vida deixa de ser prazerosa para se assemelhar à charge do burro seguindo a cenoura presa numa vara fincada em seu próprio lombo andando a esmo. Em longo prazo, essa massa passa ser instrumento de manobra de mandatários famintos de poder fazendo os mesmos acreditarem que trabalhar é um mal negocio e assim passam a viver o dia a dia esperando do “padrinho” as benesses que o mesmo teria por si caso partisse para a luta vivendo sua historia como um cidadão e não um numero com titulo de eleitor.

Sei que em situações de emergência as cestas são uma benção, porém esse bem como tudo nesta vida também tem um limite: o emprego. Verdade nesses últimos anos o nível de ocupação tem aumentado, mas o mesmo não tem acontecido em relação ao numero de pessoas deixando esses projetos antes emergenciais – a bem dizer, o “criador” dessas facilidades acabou refém de uma população presa ao medo de perder tal benece preferindo permanecer em casa ocioso a sair a cata de algo melhor conquistado pelo suor de seu trabalho. Neste ponto, ‘game-over’ ao espertinho de plantão no governo (seja qual for – estadual, municipal ou federal); verdade um dia ele se deu bem, mas ao longo dos anos não há muito a ser trabalhado a não ser a miséria cada vez maior.

À época da quebra da bolsa de valores americana, cestas foram distribuídas, pois a situação era de emergência. Com tato, criação de pequenos empregos e espaços culturais em que o homem comum pudesse passar o tempo enriquecendo não só culturalmente como também emocionalmente em bibliotecas publicas, em longo prazo aquele país abandonou a recessão passando viver um período cultural/financeiro melhor. Fortalecido na base, o americano estava apto a lidar com novas situações de desequilíbrio vivendo como senhor de seus passos e não como refém de um ‘poder’ maior. Sei que muitos não concordarão, mas quem disse que a realidade que vejo é a correta? Para mim, evidente que sim, mas quem viver, vera - até lá espero ter deixado minha parte bem feita e não algo criado a partir de alguém a não ser eu mesmo.

Manoel Cláudio Vieira – 14/12/2013 – 04:31h

Manoel
Enviado por Manoel em 14/12/2013
Reeditado em 14/12/2013
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