QUEBRA DO GALHO DE ENSAIO DOS PERIQUITOS: O BRASIL DE HOJE!
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(http://www.youtube.com/watch?v=wnEkapJoI6U&feature=youtu.be)
Igual às recentes manifestações de rua apartidárias no episódio que ficou conhecido como “a revolta dos 20 centavos”, quando o Governo, via poderes legisladores, votou projetos que estavam parados há anos, rejeitando outros, tirando de pauta mais outros tantos e aprovando projetos de emergência, de relevância, importância e interesse social, como as manifestações não pararam, os políticos desenvolveram uma agenda positiva em vários setores, acataram e rejeitaram muitos outros projetos, também. Depois, começaram violentas revoltas com destruição e badernas, mas com pouco ou quase nenhum resultado positivo.
Os periquitos verdes que ensaiavam para montar a orquestra sinfônica do Mundi, vendo o que ocorria no Brasil sem uma ação prática e eficiente das autoridades, também se revoltaram, brigaram entre si, imitando às torcidas do Vasco e Atlético Paranaense, sem mortes entre eles, mas quebraram o galho da árvore em que se reuniam para os treinos, com discussões acaloradas infindáveis, igual ao que ocorre na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. Como o galho que caiu de podre, também pode desabar os “podres poderes” das duas casas legislativas, causando um lastimável efeito dominó, como disse o professor da Ufam, Odenildo Sena, referindo-se à declaração de um Ministro do STF que justificou o golpe militar de 1964 em vez de defender a Constituição do Brasil.
A queda, felizmente, ocorreu em um momento que não havia nenhum periquito ensaiando e, assim, todos voltaram a cantar a partir das 5:30 da manhã, na mesma árvore já quase sem folhas e terminaram o exaustivo ensaio às 22:30 horas e mudaram para outro local. Mas, como em toda tragédia, a dos periquitos também foi anunciada porque estavam deixando a árvore sem vida e um galho caiu sozinho e nenhum aluno faleceu, felizmente, mas alguns periquitos faleceram com um estouro na rede de energia elétrica que alimenta o Mundi, que ficou no escuro por mais de duas horas, como ficam membros da sociedade brasileira, quase sempre.
Cabisbaixos depois da tragédia retomaram aos seus ensaios, mas não senti neles a mesma determinação, coragem e garra de antes. Estavam tristes e cabisbaixos pelos seus mortos. Por que foram pousar nos fios elétricos? Para se abrigar, depois de desalojados de seus antigos locais de morada, mas morreram eletrocutados como morrem pessoas nas ruas por acidentes nas cidades, nas ruas e nas estradas. Não tendo onde se abrigar, foram pousar nos fios de energia e morreram. Depois da tragédia anunciada ficaram mais agitados, convocaram uma Assembléia Geral, criaram um Grupo de Trabalho e, por fim, aprovaram um Grupo Tarefa, mas não chegaram a apontar nenhum responsável pela derrubada do galho, coisa comum no Brasil que vive da miséria que o povo recebe e, com os elevados impostos que paga, têm que aceitar à falta de saúde, segurança, habitação, saneamento básico condizentes...É uma lástima! Contra isso, ninguém protesta!
Mas voltemos à queda do galho, local que os periquitos ensaiavam para montar a orquestra. O galho caiu, isso é fato, como caíram também pelo fogo, pichação, sob badernas inúteis, os serviços públicos, os patrimônios privado e público, além de terem caído os vidros de agências bancárias, caixas eletrônicos, lojas de concessionárias de veículos, enfim. Muitas coisas caíram também junto com o galho da árvore que os abrigava.
Só o que não caiu mesmo foi à falta de vergonha na cara de muitos políticos brasileiros que pensam que ainda estão vivendo no além da vida terrena e se protegem no manto da imunidade parlamentar que está sendo confundida, em muitos casos, com a impunidade do parlamentar, só porque têm mandatos que lhes foi garantido pelos inconscientes, alienados pelas bolsas que recebem, causando consequência negativa para todo o país.