Elefantes

Senti uma dor imensa quando vi na internet caçadores se gloriando ao matar um elefante gigantesco! Suas armas potentes me levou a crer que nós humanos desafiamos a força da natureza a todo momento e não acreditamos na força de um elefante; como temer, nem ele reconhece sua própria força, permite ser contido por uma corda fina e frágil.

Assim como são os elefantes, desconhecedores de suas próprias forças, nós poetas somos fragilizados pela força de incentivos culturais e sentimentais, e quando não somos surpreendidos por abutres, deparamos com falsos amores e falta de reconhecimento.

Ser elefante é como ser poeta, forte, frágil, intuitivo e sua sensibilidade é vista como a feminidade, mas se um poema depende da dor e se a dor necessária for, vale lutar pela sobrevivência da espécie.

Dizem que a memória de um elefante é fantástica, o cérebro humano também é, mas quem é o gigante dessa história, afinal? Um marfim é mais valorizado do que a força de um paquidérmico, ou nossos valores são menos valiosos do que uma prótese dentária?

Também dizem que os elefantes possuem um cemitério próprio, quando se aproxima a morte eles se encaminham para seu próprio funeral; pressentem o momento da morte, não ignoram seu fim!

Uma porte físico não protege um ser, muito menos sua inteligência e muito menos o que carregam no bolso.

Os carniceiros não tem coração; muito menos se comparam com a grandeza de um elefante poeta sem marfim.